Dia Internacional dos Arquivos Internacionais: um pedido de reflexão sobre memória coletiva na República Democrática do Congo
Em 9 de junho de 2025, a celebração do Dia Internacional dos Arquivos em Matadi, a província de Kongo Central, foi uma oportunidade preciosa de se lembrar do papel central do Instituto Nacional de Arquivos do Congo (INACO) na preservação da memória coletiva do país. A Apollinaire Kibanda, diretor provincial da Inaco/Kongo Central, sublinhou as missões essenciais desta organização, que incluem a gerência, a conservação e a salvaguarda dos arquivos, enquanto enfatiza a importância de formar a equipe para garantir uma documentação completa e acessível.
Essa iniciativa, relacionada a uma responsabilidade social específica, questiona como os arquivos, como ferramentas de memória e verdade, podem ser integrados a uma sociedade moderna, onde o acesso à informação geralmente está em debate. Os temas selecionados este ano – “Os arquivos são acessíveis: arquivos para todos” e “Acessibilidade aos arquivos na era da inteligência artificial” – vá uma dupla ambição: a do acesso democratizador ao conhecimento ao adaptar os métodos de conservação à realidade tecnológica contemporânea.
#### Tecnologia a serviço da memória
O diretor provincial se desenvolveu com a idéia de que, em um mundo hiperconectado, os arquivos podem servir como uma muralha contra a desinformação. Isso levanta questões: como os arquivos podem realmente educar e informar o público diante de uma proliferação de histórias falsas, geralmente amplificadas por novas tecnologias? A importância de criar conteúdo acessível e confiável é mais necessário do que nunca, principalmente em um contexto em que a confiança nas instituições pode ser enfraquecida.
No entanto, isso leva a refletir sobre a capacidade do Inaco de se adaptar aos desafios tecnológicos atuais. Quais estratégias poderiam ser implementadas para garantir que os arquivos não sejam preservados apenas, mas também acessíveis por meio de plataformas digitais, respeitando os padrões de segurança e confidencialidade?
#### Um inventário alarmante
Kibanda emitiu preocupações sobre a má administração observada em certas instituições, destacando a necessidade urgente de maior cooperação com empresas públicas e privadas. Seu apelo à colaboração é sem dúvida legítimo, mas isso também levanta a questão da responsabilidade coletiva dos vários atores na conservação do patrimônio documentário.
Esta situação levanta problemas mais amplos. Quais são as causas desta MEGESTION? É uma falta de recursos, treinamento insuficiente ou uma consciência limitada da importância dos arquivos? As respostas a essas perguntas podem esclarecer as avenidas de melhoria necessárias para garantir o gerenciamento eficaz dos arquivos, um elemento fundamental da sustentabilidade da identidade e história de um país.
#### para uma reflexão coletiva
A visita guiada à biblioteca de fotos, que destacou os principais elementos da história do Congo, é um passo para o aumento da conscientização das instituições e do público. Este evento reuniu vários atores do mundo público e privado, mas será crucial ir além de simples visitas e discursos. É necessário estabelecer um diálogo contínuo sobre a importância dos arquivos na construção da identidade nacional e na salvaguarda dos direitos das gerações futuras.
Em conclusão, o dia comemorado em Matadi deve ser percebido não apenas como um evento anual, mas como ponto de partida para um compromisso coletivo em favor da preservação da memória nacional. Numa época em que o efêmero parece prevalecer, optar por proteger nossa história comum é revelada não apenas um dever, mas uma chance inestimável de fortalecer os laços sociais e institucionais na República Democrática do Congo. O caminho para ir certamente está repleto de armadilhas, mas é essencial construir um futuro nutrido pelas lições do passado.