** Reflexão sobre a ascensão da insegurança em Kinshasa: um chamado para a comunidade e ação política **
A nova sociedade civil congolesa (NSCC) recentemente expressou fortes preocupações sobre a ascensão da insegurança em Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo. Através de uma declaração feita em 9 de junho, seu coordenador, Jonas Tshiombela, destacou problemas sérios, como assaltos à mão armada, assassinatos e agressões, que dificultam a vida cotidiana dos congoleses. Essa observação é alarmante e levanta questões sobre a resposta das autoridades a um fenômeno que parece ser amplamente excedido pelos eventos.
A situação atual em Kinshasa, descrita por Tshiombela como um “caos de segurança”, exige uma análise aprofundada das causas subjacentes. De fato, é essencial considerar não apenas os atos criminosos, mas também os contextos socioeconômicos que constituem seu solo. A falta de oportunidades para os jovens, especialmente nos bairros da classe trabalhadora, parece desempenhar um papel decisivo no aumento do crime. Esta observação desperta uma questão crucial: como a sociedade pode mobilizar seus recursos para oferecer soluções duradouras?
Longe de ser um estado simples de coisas, a insegurança descrita pelo NSCC é, de acordo com Tshiombela, revelando um abandono gradual das responsabilidades do Estado. Esta observação merece reflexão: como explicar uma suposta falta de vontade política diante de tais desafios premente? As autoridades de Kinshasa devem mostrar imperativamente um forte compromisso de restaurar a segurança. Isso pode passar por ações concertadas, incluindo a implementação de estratégias de segurança urbana coerentes. As propostas da NSCC, como o renascimento da polícia local e a reforma dos serviços de segurança, oferecem uma estrutura interessante para reflexão sobre a necessidade de melhorar a eficiência do apoio institucional.
Um aspecto que não pode ser descartado é o risco de cumplicidade observada entre certos membros das forças de segurança e redes criminais. Esse fenômeno, frequentemente descrito como “corrupção sistêmica”, pode prejudicar seriamente a confiança entre cidadãos e instituições. O estabelecimento de tribunais especiais para tratar crimes urbanos violentos pode potencialmente fortalecer essa confiança, mas isso só pode ser possível com um envolvimento real de atores locais, apoiados pela comunidade internacional para garantir a independência e a transparência das decisões judiciais.
Jonas Tshiombela também implora por uma “explosão do cidadão”, uma noção que merece mais iluminação de profundidade. O que esse conceito significa em um contexto em que o medo às vezes pode paralisar as iniciativas locais? O dever do envolvimento da comunidade parece crucial, mas deve ser acompanhado por medidas de integração para os jovens, a fim de impedir a vitimização e o envolvimento em atividades criminosas. Que iniciativas poderiam ser criadas para incentivar essa mobilização do cidadão?
Uma crise de segurança, como a observada em Kinshasa, é frequentemente o reflexo de vários desvios que afetam as fontes socioeconômicas e políticas de um país. A busca por soluções deve, portanto, passar por uma abordagem colaborativa envolvendo as autoridades, a sociedade civil e as próprias comunidades. As soluções propostas pelo NSCC, incluindo o desenvolvimento de programas de integração e educação para jovens, merecem ser examinados com seriedade e adaptabilidade.
Em conclusão, não há dúvida de que a ascensão da insegurança em Kinshasa apresenta desafios monumentais. No entanto, passar da observação para a ação requer um compromisso resoluto com os fabricantes de decisão e uma participação ativa dos cidadãos. Esse desafio pode ser uma oportunidade de construir uma cidade mais segura, onde cada congoleso pode encontrar dignidade, esperança e responsabilidade. Kinshasa tem o potencial de se tornar uma “cidade leve”, mas isso só pode ser alcançado com um esforço conjunto de todos os seus atores.