**Luta contra a ADF: a prioridade nacional negligenciada**
Durante anos, a região de Beni, no Kivu do Norte, tem sido palco de ataques mortais por parte dos rebeldes das ADF, causando a morte de numerosos civis. O recente aumento desta violência despertou indignação e preocupação na sociedade civil local. Na verdade, a morte de 30 civis no espaço de poucas semanas é um sinal alarmante que sublinha a urgência de medidas para proteger a população.
Neste contexto de insegurança persistente, a sociedade civil em Beni lamenta a falta de atenção e de medidas eficazes por parte do governo. O vice-presidente desta estrutura cidadã, Richard Kirimba, aponta para uma política de “duplos pesos e duas medidas” na luta contra os grupos rebeldes. Ele salienta que, embora a mobilização contra a rebelião do M23 monopolize a atenção das autoridades, os ataques mortais das ADF permanecem em grande parte negligenciados.
Os habitantes de Beni sentem-se abandonados e sacrificados, vítimas de uma violência destrutiva que dizima a população. A guerra contra as ADF, responsável pela trágica perda de vidas civis, é relegada para segundo plano, quando deveria ser uma prioridade nacional. A exigência de justiça e protecção proveniente da sociedade civil demonstra a urgência de responder a esta ameaça que paira sobre a região.
Perante esta situação preocupante, o investigador Papy Kasereka apela a uma ação concertada e determinada por parte do governo e da MONUSCO. Ele insiste na necessidade de impedir a reorganização das ADF, de reforçar os recursos de segurança na área e de intensificar as operações de patrulha para combater a ameaça rebelde.
É imperativo que as autoridades tenham em consideração a voz da sociedade civil de Beni e atuem de forma decisiva para proteger as populações vulneráveis. A vida das pessoas desta região deve ser uma prioridade máxima e a luta contra as ADF deve ser levada a cabo com a mesma determinação que qualquer outra operação militar.
Em conclusão, a situação alarmante em Beni sublinha a importância crucial da segurança civil e a necessidade de medidas urgentes para pôr fim à violência dos grupos rebeldes. É hora de as autoridades implementarem medidas concretas e eficazes para proteger a população e garantir a sua segurança. A unidade de acção entre a sociedade civil, o governo e a comunidade internacional é essencial para enfrentar esta ameaça e preservar a paz na região.