A Lei Unificada de Finanças Públicas no Egito: Rumo a uma gestão financeira transparente e sustentável

A implementação da Lei Unificada das Finanças Públicas no Egipto em 2022 constitui um grande passo em frente na gestão financeira do país. Esta lei visa fixar um limite máximo para a dívida dos órgãos orçamentais e das entidades económicas, com o objectivo de reduzir as taxas de endividamento e manter o rácio dívida/PIB abaixo de 80% nos próximos três anos. A inclusão de 59 entidades económicas no orçamento do Estado fortalece a governação financeira, com controlos rigorosos sobre despesas e compromissos financeiros. Dados recentes mostram uma redução da dívida externa e interna do Egipto, demonstrando os primeiros efeitos positivos desta nova abordagem. Em resumo, a activação desta lei marca um passo importante no sentido de uma gestão financeira mais transparente, eficiente e responsável do Estado egípcio.
A implementação da Lei Unificada de Finanças Públicas no Egipto em 2022 constitui um passo crucial na gestão financeira do país. A decisão tomada na reunião semanal do Gabinete Egípcio abre caminho para a definição de um limite anual para a dívida do governo geral, abrangendo todas as 59 entidades económicas governamentais.

Esta lei, inicialmente emitida em Fevereiro de 2022 e substancialmente alterada em Março do ano seguinte, visa estabelecer um limite máximo para a dívida dos órgãos orçamentais e entidades económicas do Egipto, que só pode ser ultrapassado com a aprovação do Presidente, do Conselho de Ministros e a Câmara dos Deputados.

A activação desta lei envolve a criação de unidades especializadas dentro do Ministério das Finanças, bem como unidades contabilísticas dedicadas em todas as entidades económicas do país. O objectivo é claro: reduzir as taxas da dívida e mantê-las numa trajectória descendente sustentável, reduzindo ao mesmo tempo o rácio dívida/PIB para menos de 80% durante os próximos três anos.

Anteriormente, o Orçamento do Estado não tinha em conta as 59 entidades económicas mencionadas, mas o governo diz que pretende fortalecer a governação e a disciplina do sistema financeiro do Estado, incluindo-as. As disposições desta lei proíbem os órgãos administrativos de incorrer em despesas ou celebrar contratos que resultem em obrigações financeiras adicionais sem aprovação prévia.

Da mesma forma, os representantes do Ministério das Finanças não podem autorizar a libertação de fundos sem garantir a existência de um compromisso financeiro prévio ou que o projecto esteja incluído no plano de desenvolvimento económico do país. Além disso, esta lei estipula que deve ser solicitada a opinião do Ministério das Finanças sobre qualquer projecto de lei ou decisão que envolva encargos financeiros para o erário público.

Os últimos dados do Banco Central do Egipto indicam uma redução da dívida externa do país para 152,9 mil milhões de dólares no final de Junho de 2024, com a dívida externa de longo prazo em 126,8 mil milhões de dólares e a dívida de curto prazo em 26,24 mil milhões de dólares. A dívida interna do Egipto também diminuiu para 8,72 biliões de libras egípcias no final de Junho, uma queda de 2,7% em relação ao primeiro trimestre do ano.

Em conclusão, a activação da Lei Unificada das Finanças Públicas no Egipto marca um avanço significativo na gestão das finanças públicas, com o objectivo de garantir uma melhor transparência, uma governação reforçada e uma utilização mais eficiente dos recursos públicos.

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