Fatshimétrie, Outubro de 2024 – A emancipação das mulheres rurais no Congo Central, República Democrática do Congo, é uma questão central levantada pela Associação de Comerciantes e Agricultores de Mbanza-Ngungu. Com efeito, durante uma entrevista recente, a presidente desta associação, Sara Ntuadi, sublinhou a importância de dar formação às mulheres que vivem nas zonas mais remotas da região.
Segundo a Sra. Ntuadi, é crucial sensibilizar as mulheres rurais para o seu papel essencial no desenvolvimento da província do Congo Central, e mesmo de todo o país. Muitas vezes, estas mulheres minimizam o impacto das suas actividades agrícolas na sociedade. É por isso que recomenda a realização de conferências, sessões de educação financeira e outros encontros de sensibilização para promover o trabalho das mulheres no terreno.
Graças a iniciativas de formação em educação financeira, mais de 85% das mulheres membros da associação possuem agora contas bancárias. Estes dados destacam a importância das competências financeiras para o empoderamento das mulheres rurais e a sua contribuição para o desenvolvimento económico do país.
No entanto, Sara Ntuadi também expressou a sua preocupação com a visão degradante que certas mulheres, especialmente as jovens, têm sobre as actividades agrícolas. Ela sublinha que estas actividades não são indignas, mas pelo contrário essenciais para satisfazer as necessidades alimentares da população. Ela apela, portanto, à mudança de mentalidades e ao incentivo às mulheres para que reconheçam o valor da agricultura para o seu desenvolvimento pessoal e da comunidade.
Finalmente, a Sra. Ntuadi apelou a uma melhor identificação das estruturas operacionais pelos doadores, a fim de apoiar eficazmente iniciativas que visam o empoderamento das mulheres rurais. É crucial reforçar parcerias com organizações verdadeiramente empenhadas no terreno para garantir um impacto positivo e duradouro nas comunidades.
Em última análise, a formação oferecida às mulheres rurais no Congo Central é de grande importância para a sua emancipação económica e social. É imperativo promover o seu papel no desenvolvimento local e apoiá-los na aquisição de competências essenciais para fortalecer a sua autonomia e participar ativamente na prosperidade da região e de todo o país.