Num contexto em que o protesto social se intensifica na Nigéria, os organizadores da manifestação contra a dificuldade e a má governação denunciaram tentativas de intimidação por parte do governo federal e da polícia. Apesar destas pressões, mantiveram a sua determinação em levar a cabo a sua acção.
Por um lado, o governo federal negou qualquer forma de assédio aos organizadores, argumentando que está implementando políticas que visam melhorar as condições de vida da população. O Ministro da Informação e Orientação Nacional destacou o compromisso do governo em garantir a paz, a unidade e a prosperidade para todos os cidadãos.
Por outro lado, o chefe da polícia deu instruções estritas para garantir a segurança dos cidadãos por ocasião do Dia da Independência. As forças de segurança são mobilizadas para prevenir qualquer risco para a vida e os bens dos cidadãos, nomeadamente através do reforço da segurança nos locais de celebração e nas principais estradas do país.
Perante a proibição de manifestações em Abuja e as ameaças feitas contra os manifestantes, o líder do movimento #RevolutionNow, Sr. Omoyele Sowore, permanece categórico na realização da manifestação, afirmando que só uma revolução pode salvar o país.
No entanto, as divisões na sociedade civil, especialmente no estado de Edo e no norte do país, levaram à retirada de alguns grupos de protesto por receio pela segurança dos manifestantes. Em Kaduna, uma coligação de organizações da sociedade civil opôs-se à acção planeada.
Neste imbróglio, o Sindicato dos Trabalhadores Marítimos da Nigéria apelou a evitar perturbações e a respeitar as regras para garantir o bom funcionamento das atividades portuárias.
O desejo de expressar descontentamento e exigir mudanças é um direito fundamental, consagrado na Constituição. No entanto, é essencial que estas manifestações ocorram em conformidade com a lei e sem pôr em perigo a segurança dos indivíduos.
Em última análise, a tensão entre os manifestantes e as autoridades realça os principais problemas que a Nigéria enfrenta. É imperativo encontrar soluções pacíficas e inclusivas para satisfazer as aspirações legítimas das pessoas e preparar o caminho para um futuro mais justo e próspero para todos.