O recente decreto do ministro provincial dos Transportes e Mobilidade Urbana de Kinshasa, Bob Amiso, proibindo a circulação de veículos de vinte toneladas ou mais durante as horas de ponta, abalou a capital congolesa. Esta medida visa reduzir os engarrafamentos, melhorar a fluidez do trânsito e garantir a segurança dos utentes das estradas.
O problema dos grandes camiões nas áreas urbanas não é novo. A sua lentidão, volume e capacidade de manobra reduzida tornam-nos particularmente problemáticos em horários de maior movimento. É por isso que esta decisão de proibição, embora contestada por algumas partes interessadas, parece ser uma iniciativa necessária para regular o tráfego rodoviário numa cidade já congestionada.
O Despacho n.º SC/427/CAB/GVK/GNM/2022, que rege esta proibição, representa um avanço significativo na gestão dos transportes em Kinshasa. Ao limitar a circulação de veículos pesados de mercadorias durante as horas de ponta, as autoridades locais esperam reduzir os tempos de viagem, limitar o risco de acidentes e melhorar a qualidade de vida dos residentes.
No entanto, a implementação desta medida já levanta questões sobre a sua eficácia. Caminhões foram vistos operando violando a proibição, destacando os desafios de monitorar e punir os infratores. É essencial que as autoridades estabeleçam mecanismos de monitorização eficazes para garantir o cumprimento destes regulamentos.
Perante o descontentamento dos condutores de veículos pesados de mercadorias, foi organizada uma reunião com o Primeiro-Ministro com o objectivo de aliviar as tensões e encontrar soluções concertadas. É crucial envolver todas as partes interessadas na implementação das políticas de transportes urbanos, a fim de garantir a sua eficácia e aceitação por toda a população.
Em conclusão, esta proibição da circulação de veículos com peso igual ou superior a vinte toneladas em Kinshasa marca um passo importante na gestão do tráfego rodoviário na capital congolesa. No entanto, o seu sucesso dependerá da implementação de medidas de controlo rigorosas, da sensibilização das partes interessadas e da procura de soluções sustentáveis para uma mobilidade urbana mais fluida e segura.
Fatshimetria ó África!