**Naufrágio no Lago Ntumba: uma tragédia que lamenta os povos indígenas pigmeus**
Nas margens do Lago Ntumba, numa aldeia remota da província de Équateur, ocorreu uma tragédia na noite de domingo, 23 de setembro. Uma canoa que transportava indígenas pigmeus, voltando de uma tradicional festa de casamento, virou, causando a morte de quatro pessoas da mesma família. O número de mortos poderia ter sido ainda maior se outros cinco passageiros não tivessem sido resgatados.
O líder do povo indígena Pigmeu do território Bikoro deu esta dolorosa notícia, sublinhando que o acidente ocorreu durante o regresso das festividades, sob a influência de um vento violento. Estas vítimas, que deveriam ter regressado a casa cheias de alegria, encontraram a morte nas águas escuras do Lago Ntumba.
O administrador territorial de Bikoro reagiu rapidamente enviando uma equipa de agentes de segurança ao local para conduzir uma investigação aprofundada. Os corpos dos falecidos foram recuperados e repatriados para Nzalekenga Mokonda, onde foram enterrados com dignidade.
Esta tragédia realça as condições precárias em que vivem frequentemente os povos indígenas pigmeus, comunidades marginalizadas e muitas vezes esquecidas. O seu acesso a infraestruturas de transporte seguras é limitado, expondo-os a riscos elevados quando viajam.
Para além deste único acidente, é importante questionar a situação dos povos indígenas pigmeus na República Democrática do Congo. O respeito pelos seus direitos fundamentais, o seu acesso aos cuidados de saúde, à educação e a meios de subsistência sustentáveis devem estar no centro das preocupações das autoridades e da sociedade civil.
Neste momento de luto, é essencial mobilizar-se para apoiar as famílias enlutadas e garantir que tais tragédias não voltem a acontecer. A segurança das viagens no Lago Ntumba e noutras vias navegáveis congolesas deve ser reforçada para evitar mais perdas humanas.
Em conclusão, este naufrágio no Lago Ntumba é uma triste lembrança dos desafios enfrentados pelos povos indígenas pigmeus na RDC. Há uma necessidade urgente de acção para garantir o seu bem-estar e protecção, para que possam viver com a segurança e a dignidade a que têm direito.