Impacto da eliminação de impostos sobre o óleo de palma na RDC

**Gorshimetria**

Num contexto económico e social complexo, debate-se a questão da eliminação de impostos sobre a importação de produtos agroalimentares na República Democrática do Congo. Jérôme Sekana Pene-Papa, Coordenador da rede de jornalistas económicos “Teia de Aranha”, fala com convicção sobre as potenciais consequências desta controversa medida.

Para Jérôme Sekana Pene-Papa, manter os impostos sobre produtos essenciais como o óleo de palma é essencial para preservar a economia nacional. Na verdade, a eliminação destes impostos correria o risco de prejudicar os produtores locais e comprometer a criação de emprego na RDC. Empresas como PalmCo, PHC e Marsavco, que contribuem significativamente para a economia do país, poderão ser directamente impactadas por esta decisão.

O sector do óleo de palma na RDC, que representa uma parte significativa da produção agro-industrial do país, desempenha um papel crucial na criação de emprego e no desenvolvimento económico. Ao retirar o óleo de palma da lista de produtos isentos de impostos, o governo poderia efectivamente apoiar este sector estratégico e incentivar o crescimento económico local.

Jérôme Sekana Pene-Papa sublinha também a importância de favorecer a produção local e promover a auto-suficiência alimentar na RDC. Ao subsidiar a produção agroalimentar nacional e ao promover políticas orientadas para a produção local, o governo poderia estimular o sector agrícola e garantir um futuro melhor para a economia congolesa.

Confrontados com importações massivas de alimentos que representam milhares de milhões de dólares em despesas para a RDC, é essencial reorientar as políticas orçamentais no sentido de apoiar a agricultura local. Com os seus vastos recursos agrícolas inexplorados, a RDC tem potencial para se tornar um actor importante na segurança alimentar regional.

Em conclusão, a questão da eliminação de impostos sobre a importação de produtos agroalimentares na RDC levanta questões importantes para a economia e a sociedade congolesas. Ao favorecer a produção local, apoiar os produtores nacionais e promover a auto-suficiência alimentar, o governo poderá contribuir significativamente para a prosperidade do país e para o bem-estar da sua população.

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