“A luta das famílias dos opositores políticos em greve de fome na Tunísia: um apelo à justiça e à liberdade”

Na Tunísia, a situação dos opositores políticos detidos em greve de fome durante 14 dias continua a suscitar preocupação e mobilização. Cinco pessoas estão presas há mais de um ano, sem terem beneficiado de um julgamento justo, tendo o Ministério da Justiça invocado o sigilo da investigação para justificar esta situação. Entre estes detidos está Jaouhar Ben Mbarek, constitucionalista e crítico do Presidente Kaïs Saïed, recentemente condenado a seis meses de prisão num caso separado.

Perante esta injustiça, a irmã de Jaouhar, Dalila Ben Mbarek Msaddek, também advogada, iniciou uma greve de fome em sinal de solidariedade com o seu irmão. Juntamente com outras famílias de detidos, ela organizou uma marcha simbólica e silenciosa, cobrindo-lhes a boca com fita adesiva e usando algemas falsas para denunciar a falta de transparência e as violações dos direitos humanos no país.

Esta acção de protesto pacífico visa chamar a atenção para o destino dos presos políticos na Tunísia e denunciar uma forma de assédio político contra eles. Estas últimas condenações contra figuras políticas, como Moncef Marzouki, aumentam a preocupação e alimentam o receio de que as liberdades civis estejam ameaçadas no país.

Através destes atos e manifestações simbólicas, as famílias dos detidos e os seus apoiantes apelam à justiça, à libertação dos presos políticos e ao respeito pelos direitos fundamentais. A solidariedade e a determinação destas pessoas face à opressão política são um símbolo de esperança num futuro democrático e respeitador das liberdades na Tunísia.

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