“Emergência humanitária em Ituri: distribuição vital de alimentos às pessoas deslocadas, mas desafios persistentes a superar”

No território de Djugu, em Ituri, foi prestada ajuda alimentar crucial a mais de 120 mil pessoas deslocadas entre Dezembro e Janeiro. Esta assistência, que inclui farinha de milho, feijão, óleo vegetal e sal, tem contribuído muito para aliviar o seu sofrimento e reduzir os casos de mortalidade ligados à desnutrição.

Os beneficiários das diversas zonas deslocadas puderam alegrar-se com esta operação humanitária levada a cabo pelo Programa Alimentar Mundial, que surgiu depois de mais de um ano de interrupção da ajuda alimentar em algumas regiões da província. Esta distribuição de alimentos permitiu, portanto, aliviar a precariedade das vítimas da catástrofe e reduzir o número de mortes entre os deslocados.

No entanto, a situação continua muito preocupante em vários locais, especialmente em Rhoe e Savo, que acolhem respectivamente 60.000 e 30.000 pessoas deslocadas no território de Djugu. A persistência da insegurança na região tem dificultado a distribuição de ajuda alimentar, expondo os deslocados a riscos acrescidos de desnutrição e morte.

Alguns locais, como Lala, Djaiba, Gina e Savo, já registaram quase uma centena de mortes no ano passado. As autoridades locais salientam que muitas pessoas deslocadas não conseguiram aceder às suas terras agrícolas, ocupadas por grupos armados, e que algumas até perderam a vida durante os ataques. Entre eles, os habitantes do sítio Jinga, em Drodro, que somam mais de 10 mil pessoas, não recebem alimentos há quase três anos.

É crucial continuar a sensibilizar para a situação das pessoas deslocadas em Ituri e trabalhar para garantir o seu acesso à ajuda alimentar regular. As necessidades humanitárias continuam a ser imensas nesta região devastada por conflitos e insegurança, e uma acção concertada por parte da comunidade internacional é essencial para evitar novas tragédias.

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