O recente aumento dos preços da gasolina e do gasóleo no Chade causou uma onda de descontentamento entre os trabalhadores do país. Embora as discussões acabassem de ocorrer com o governo, a decisão de aumentar os preços foi vista como uma traição por muitos cidadãos.
Os representantes dos trabalhadores responderam rapidamente votando a favor de uma greve de seis dias a partir de 20 de Fevereiro. Michel Barka, presidente do Sindicato dos Sindicatos do Chade, sublinhou a decepção e a firmeza dos trabalhadores face a esta decisão repentina. “Os trabalhadores ficaram muito, muito desiludidos e não quiseram esperar mais dois, três dias. Decidiram imediatamente a greve que vai efectivamente acontecer”, declarou.
Esta greve visa não só denunciar o aumento dos preços dos combustíveis, mas também exigir a revisão imediata desta decisão considerada injusta. Se o governo não reverter a sua decisão, os trabalhadores estão prontos para intensificar as suas acções de protesto. Segundo Michel Barka, ao final da greve será realizada uma assembleia geral para decidir as futuras ações a serem tomadas.
Esta situação evidencia mais uma vez as tensões sociais e económicas que persistem no Chade. Os trabalhadores estão determinados a fazer ouvir a sua voz e a defender os seus direitos face a medidas consideradas injustas e desiguais.