**O ANC na encruzilhada: entre a celebração e o desafio da renovação**
Em 8 de Janeiro de 2023, o Congresso Nacional Africano (ANC) celebrou o seu 113º aniversário na Cidade do Cabo, mas as festividades foram tingidas de um realismo comovente. Para Cyril Ramaphosa, presidente do partido, este aniversário é uma oportunidade para refletir sobre uma “crise existencial” que põe em causa o próprio futuro da instituição. Com uma queda dramática na popularidade, ilustrada por uma decepcionante pontuação eleitoral de 40% nas últimas eleições, o ANC vê-se confrontado com desafios sem precedentes; Promessas não cumpridas, elevado desemprego e corrupção persistente minam a confiança dos cidadãos.
Ramaphosa apela ao regresso aos valores fundamentais do partido e à reavaliação das prioridades, ao mesmo tempo que defende a inclusão dos jovens nos órgãos de decisão. À medida que se aproximam as eleições de 2024, o ANC deve reinventar-se e reconectar-se com as aspirações de uma população desiludida, abrindo caminho para um potencial renascimento. Para o ANC, o momento é crucial: restabelecer relações com os cidadãos e enfrentar as desigualdades tornou-se imperativo se pretende redefinir o seu papel no futuro da África do Sul.