### Reforma judicial na RDC: um novo fôlego para os direitos humanos
No início de 2025, a República Democrática do Congo está a dar um passo significativo em direcção a uma justiça mais humana com o Decreto Presidencial n.º 24/132, que resulta em indultos colectivos e na comutação de penas de morte. Acolhida com entusiasmo pela Comissão Nacional de Direitos Humanos, esta decisão marca um ponto de viragem num país com um registo judicial controverso. No entanto, levanta questões sobre o seu real alcance, uma vez que certos crimes graves, como a violência sexual, não são afetados por esta medida.
Longe de ser um gesto isolado, esta reforma insere-se num contexto político em mudança, onde a pressão internacional e as novas dinâmicas internas levam o governo a evoluir. Contudo, para que este progresso seja sustentável, serão necessárias reformas estruturais, uma verdadeira independência das comissões judiciais e o reforço das capacidades dos tribunais. Na verdade, a RDC deve não só libertar-se de execuções arbitrárias, mas também garantir justiça acessível e equitativa para todos os seus cidadãos. Se esta iniciativa oferecer um vislumbre de esperança, o seu sucesso será medido a longo prazo, através da construção de um futuro mais justo para o povo congolês.