Um coletivo de organizações exige justiça e reconhecimento de vítimas durante o 25º aniversário da violência em Kisangani na República Democrática do Congo.


### Comemorização da violência em Kisangani: um pedido de justiça e reflexão

Em 5 de junho de 2025, em Kisangani, um coletivo de organizações marcou o 25º aniversário da violência que abalou a região durante a guerra de seis dias, emitindo um memorando exigindo justiça e reconhecimento para as vítimas. Este evento não apenas lembra os trágicos eventos experimentados, mas também levanta questões fundamentais sobre memória coletiva, justiça e reconciliação na República Democrática do Congo (RDC).

#### um passado trágico para não esquecer

De acordo com as declarações do diretor executivo das ONGs Ações de Justiça, Desenvolvimento e Direitos Humanos (AJDDH), Jedidia Mabela, este aniversário é uma oportunidade de não deixar os sofrimentos suportados pelas vítimas são esquecidos. Embora já se passaram 25 anos desde essa tragédia, as cicatrizes permanecem presentes, individual e coletivamente. Pelo menos 760 civis perderam a vida e milhares de outros ficaram feridos. Esses números ilustram a tragédia humana por trás dos dados brutos, revelando uma necessidade urgente de justiça e reconhecimento.

### Perguntas de impunidade e responsabilidade

O memorando apresentou a impunidade que continua, particularmente no que diz respeito às responsabilidades em países vizinhos, como Ruanda e Uganda, tendo desempenhado um papel nos conflitos congolês. As críticas formuladas contra eles levantaram questões importantes sobre os mecanismos da justiça internacional. Como envolver a responsabilidade dos estados em conflitos armados? Que papel as instituições internacionais podem desempenhar, como o Tribunal Penal Internacional, no tratamento dessas queixas, especialmente quando um estado rejeita sua autoridade?

O pedido para a criação de um “Tribunal Penal Internacional” especificamente para Ruanda destaca a complexidade dessas relações bilaterais. É crucial explorar se essa abordagem poderia realmente ajudar a apaziguar tensões ou se poderia piorar sentimentos.

#### O caminho para a reconciliação

Embora esse coletivo exija à sociedade civil que intensifique sua defesa de justiça, a questão da reconciliação merece ser abordada. Podemos alcançar um equilíbrio entre justiça, segurança atual e reconciliação sustentável? Os eventos em Kisangani não são isolados, mas fazem parte de uma estrutura mais ampla de instabilidade regional, onde a impunidade parece ser um desafio recorrente. Isso levanta questões sobre como a comunidade internacional, assim como os atores locais, pode contribuir para a paz verdadeiramente sustentável.

#### mobilização e criatividade como resposta

Em resposta a essas questões, várias atividades estão planejadas para despertar a mobilização coletiva, variando de tribunos artísticos a devadores de conferência. Essas iniciativas não se destinam apenas a dar voz às vítimas, mas também a iniciar um diálogo que pode ser necessário para sair do ciclo de violência. Arte e cultura são ferramentas poderosas para evocar emoções e aprofundar o entendimento dos eventos passados. Como essas expressões criativas podem contribuir para uma conversa reflexiva, em vez de divisão sobre o caráter da violência da guerra de seis dias e na construção de um futuro mais ancorado na justiça?

#### Conclusão

O memorando de 5 de junho de 2025 é mais do que um simples ato de memória; É um pedido de ação atenciosa e comprometimento coletivo. Através do prisma dos ferimentos do passado, a RDC está em uma encruzilhada. O monitoramento deste evento e a resposta das instituições congolitas e internacionais serão decisivas para garantir que os votos das vítimas não estejam sujeitos a esquecimento. A verdadeira questão permanece: como podemos construir um futuro onde a justiça é um princípio fundamental e uma ferramenta de reconciliação? É aqui que a abertura ao diálogo e o desejo de explorar soluções coletivas parecem ser essenciais.

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