A exposição Bya Bamushi em Lubumbashi destaca a herança cultural desconhecida do povo Bashi e incentiva a reflexão sobre a identidade cultural.

Em Lubumbashi, surgiu recentemente uma iniciativa cultural, ilustrando os desafios de preservar a diversidade cultural na República Democrática do Congo. A exposição "Bya Bamushi", aberta desde 20 de maio de 2025 para o Instituto Francês, destaca a herança frequentemente esquecida do povo Bashi. Ao apresentar uma coleção de obras de arte antigas, histórias de literatura oral e documentário, ela procura envolver o público em uma reflexão sobre a identidade cultural e o equilíbrio entre tradição e modernidade. Impulsionada por atores como o Círculo Cultural Baboto Ya Kipaji, esta exposição oferece um espaço para troca e diálogo, onde as preocupações linguísticas, aspirações de globalização e desafios da transmissão intergeracional são misturados. Evocando a necessidade de preservar os valores culturais enquanto se adapta à dinâmica contemporânea, este projeto levanta questões essenciais sobre os papéis da arte e da cultura na construção da identidade de um povo.
** Avaliação do patrimônio cultural Bashi: uma exposição que tem esperança em Lubumbashi **

Lubumbashi, uma cidade emblemática no sudeste da República Democrática do Congo, foi recentemente palco de uma iniciativa cultural significativa. A exposição “Bya Bamushi”, lançada em 20 de maio de 2025 no Instituto Francês em Lubumbashi, visa destacar a herança cultural negligenciada do povo Bashi. Este projeto levanta questões essenciais sobre a preservação da diversidade cultural, identidade local e interação entre tradição e modernidade.

Os organizadores desta exposição, incluindo o círculo cultural Baboto Ya Kipaji (CCBK), destacam obras de arte antigas, histórias de literatura oral, bem como um documentário que ilustra essa riqueza. Entre as peças em exibição está um instrumento de música que datam de três séculos e obras de arte plástica que testemunham o know-how ancestral. Isso levanta uma questão: como esses elementos, representando a identidade e a história de um povo, são melhor integrados e valorizados na sociedade contemporânea?

O termo “Bya Bamushi”, escolhido para esta exposição, representa um vernáculo popular na língua shi que poderia, de acordo com Gaïus Kabuyaya, comunicador do CCBK, ajudar a capturar a atenção de um público mais amplo. No entanto, ele especifica que o termo lingüisticamente correto é “Bya Bashi”. Esta nuance não é trivial; Ele destaca a importância das raízes linguísticas na construção de uma identidade cultural. Assim, como podemos promover uma herança enquanto respeitamos e fortalece os padrões linguísticos locais?

A exposição não se limita à apresentação de objetos, também procura abrir um diálogo. Com a participação de artistas como Kevin Kabambi e Magellan Kahozi, que usam fotografia artística e documentário, respectivamente, para diferentes explorações, o evento visa alcançar um público variado. Essa abordagem artística questiona a idéia do que significa ser um guardião da cultura na era moderna. Quais são os papéis que a arte e a cultura desempenham na definição de uma identidade e como o último pode evoluir sem perder sua essência?

Além disso, a clareza do desejo de estender a influência do projeto a uma escala além das fronteiras nacionais indica uma ambição louvável. Essa aspiração à globalização da cultura Bashi poderia oferecer uma plataforma de troca enriquecedora, mas também levanta questões sobre os riscos de diluição cultural. Quanto você pode compartilhar uma cultura sem comprometer sua integridade?

O fim da exposição com um concerto intitulado “Les Moines” testemunha o desejo de reviver valores espirituais e culturais. De fato, esses números são frequentemente considerados como guardiões da cultura. No entanto, e a necessidade de incluir jovens e gerações futuras nesta preservação? O projeto Lulanga des Grands, que data de março de 2024 e pretende preservar as culturas locais ameaçadas de desaparecimento enquanto as adaptam à modernidade, também desperta perguntas sobre os métodos práticos dessa transmissão.

A pergunta colocada por essa rica iniciativa permanece amplamente aberta: como incluir essa avaliação do patrimônio em uma modernidade e tradição dinâmica sustentável e equilibrando? A resposta talvez esteja no compromisso de todos os atores sociais: artistas, escolas, educadores e membros da comunidade, a fim de gerar uma estrutura coletiva na qual o patrimônio cultural não é apenas preservado, mas também comemorado e considerado como um vetor de desenvolvimento.

A avaliação da herança cultural de Bashi através de uma exposição é um ato forte, e seu impacto pode ir além da simples educação artística. Isso aumenta a consciência necessária da importância da cultura na construção da identidade de um povo. Ao incentivar o debate, podemos esperar não apenas salvar o que deveria ser, mas também enriquece o tecido cultural congolês como um todo.

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