Os players de saúde da República Democrática do Congo se mobilizam para eliminar a fístula obstétrica e melhorar a saúde materna.

A fístula obstétrica representa uma complexa questão de saúde pública na República Democrática do Congo (RDC), onde o acesso limitado a cuidados obstétricos de qualidade exacerba os desafios enfrentados por muitas mulheres. Por ocasião do Dia Internacional para combater essa patologia, os players de saúde destacaram a necessidade de uma abordagem coletiva para eliminar a fístula, que geralmente resulta de entregas difíceis em contextos precários. Compreender esse problema vai muito além dos cuidados médicos, envolvendo a conscientização das comunidades, o treinamento em profissionais de saúde e um diálogo sobre percepções culturais que envolvem essa condição. Enquanto a RDC está envolvida nessa luta, surge a pergunta: como mobilizar efetivamente os recursos, a educação e o apoio necessários para fornecer às mulheres uma saúde materna digna e segura?
** Fístula obstétrica: um desafio de saúde pública na República Democrática do Congo **

Kinshasa, 23 de maio de 2025 – A República Democrática do Congo (RDC) observou recentemente o Dia Internacional para combater a fístula obstétrica, um evento que mobilizou vários players de saúde em um pedido de ação para eliminar essa patologia devastadora. De fato, a fístula obstétrica, muitas vezes considerada como uma doença marginalizada, continua sendo um flagelo para muitas mulheres, especialmente em países de baixa renda, onde o acesso a cuidados obstétricos é limitado.

** Entendendo a fístula obstétrica: uma questão de acesso e informações **

A fístula obstétrica é uma comunicação anormal que geralmente é formada após parto prolongado ou mal conduzido, geralmente em condições precárias. Ele se manifesta por incontinência urinária e/ou fecal, fazendo com que milhares de mulheres vivam um sofrimento físico e psicológico imensurável. O Dr. Marguerite Kunduma, coordenador do Programa de Saúde do UNFPA, destaca a importância de melhorar a cobertura dos serviços de saúde materna e reprodutiva em todo o país. Essa perspectiva destaca uma realidade essencial: a eliminação da fístula requer não apenas intervenções médicas, mas também uma abordagem sistêmica que inclui informações e conscientização das comunidades.

A intervenção da Dra. Anne Marie Ntumba, representante do Ministro da Saúde, também sublinhou o impacto crucial da falta de informações sobre essa patologia. As mulheres em idade fértil, em particular as das comunidades que pouco atendem, devem estar cientes dos sinais de possíveis complicações durante o parto. Essa consciência poderia não apenas impedir a fístula, mas também reduzir o estigma frequentemente associado a esta doença.

** Um pedido de ação no campo: treinamento, prioridade **

A questão do treinamento de profissionais de saúde é inseparável da luta contra a fístula obstétrica. Os testemunhos de vários atores, como os da Fundação Fiscro, revelam um forte compromisso de oferecer reparos gratuitos às vítimas da fístula obstétrica. Esse modelo incorpora uma abordagem pragmática, mas requer um esforço sustentado para garantir que todos os estabelecimentos de saúde, especialmente em áreas rurais, estejam equipados com pessoal treinado e recursos necessários.

Também é essencial fazer a pergunta do acompanhamento pós-operatório. Um reparo cirúrgico bem -sucedido deve ser seguido por apoio psicológico e social para ajudar as mulheres a encontrar seu lugar na comunidade. O papel dos sobreviventes da fístula no desenvolvimento de políticas de saúde, como ressalta o Dr. Kunduma, é fundamental. Ao integrar sua voz, podemos construir programas mais adequados e eficazes.

** Um complexo problema sociocultural **

A fístula obstétrica é frequentemente cercada por tabus culturais, às vezes é assimilada a problemas sociais como bruxaria. O Dr. Lucien Wasigna, diretor do Bolamu Medical Center, destacou essa percepção errônea que complica ainda mais a gestão dessa patologia. Para combater isso, é imperativa uma mudança de mentalidade nas comunidades. As crenças devem ser abordadas seriamente, e as campanhas de conscientização podem aumentar a conscientização sobre as causas reais de fístula obstétrica e os meios de impedi -lo.

** Rumo a uma mobilização coletiva para a eliminação de fístula obstétrica **

Este Dia Internacional representou um momento crucial para reavaliar os esforços feitos na saúde reprodutiva na RDC. O apelo à mobilização coletiva ressoa como uma necessidade urgente de unir esforços do governo, ONGs, profissionais de saúde e comunidades locais para enfrentar esse complexo desafio. A questão não reside apenas na eliminação de fístulas, mas também na melhoria geral na saúde materna, um objetivo que requer recursos, treinamento e uma certa vontade política.

A luta contra a fístula obstétrica é uma luta pela dignidade das mulheres. Isso requer um compromisso constante para que toda mulher possa ter acesso a cuidados obstétricos e suporte adequado. Ao integrar a educação, o treinamento e a conscientização em uma estratégia coletiva, é possível esperar um futuro onde a fístula obstétrica não seja mais inevitável, mas uma realidade do passado. A pergunta que devemos fazer agora juntos é: como transformar esse compromisso em ações concretas no campo?

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