Mali diante de um ponto de virada político: a junta oferece um termo de cinco anos para o coronel Assimi Goïta em um contexto de instabilidade e aspirações democráticas.


### transição maliana: entre promessas e realidades

O Mali, um país saheliano rico em uma história complexa e uma profunda diversidade cultural, está em uma encruzilhada crucial de seu desenvolvimento político e social. Desde o estabelecimento de uma junta militar no poder após dois golpes sucessivos em 2020 e 2021, o cenário político da Mali mudou profundamente. Recentemente, uma consulta nacional em Bamako propôs nomear o coronel Assimi Goïta, atual presidente da transição, “Presidente da República para um mandato de cinco anos de 2025, renovável”. Essa iniciativa levanta muitas questões sobre o desenvolvimento democrático e a situação de segurança do país.

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A consulta de dois dias, que boicotou a maioria dos partidos políticos, parece ter o objetivo de fortalecer o poder da junta atual. A proposta de dissolver todos os partidos políticos e “endurecer as condições da criação” dos novos cursos de treinamento reflete um desejo de controle institucional e levanta preocupações sobre as perspectivas de um retorno a uma democracia pluralista. Conforme mencionado pelo ex -ministro Mohamed Salia Touré, essa medida poderia não apenas ser percebida como um erro político, mas também como uma regressão histórica para um país que há muito tempo em que há muito tempo para a governança democrata.

#### Impacto na garantia do país

A situação de segurança no Mali já é precária, exacerbada pela ascensão de grupos armados afiliados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico, bem como pela violência comunitária. Ao suspender qualquer questão eleitoral “até a” pacificação “do país, a junta talvez responda a uma emergência de segurança, mas também levanta os medos quanto a uma gagueira duradoura da instabilidade. Como o país pode esperar estabilizar sua situação social e de segurança sem um processo político inclusivo?

#### Um equilíbrio precário

As recentes abordagens do Mali fazem parte de um contexto regional mais amplo. Com a formação da Aliança dos Estados Sahel entre Mali, Burkina Faso e Níger, esses países parecem se afastar dos parceiros ocidentais tradicionais, buscando construir uma alternativa com base em interesses comuns. Essa dinâmica levanta a questão das prioridades estratégicas e das alianças a serem construídas para garantir segurança e estabilidade na região.

Por outro lado, a falta de diálogo entre as forças presentes e os partidos políticos, que representam uma parte significativa da população maliana, correm o risco de cavar a lacuna e alimentar uma polarização política já existente. Afinal, a democracia é baseada na diversidade de vozes e opiniões.

#### Para um diálogo inclusivo?

É inegável que o Mali está passando por um período tumultuado, mas isso levanta uma questão essencial: a transformação política deve levar a uma concentração de poder nas mãos de alguns, ou pode ser uma oportunidade de construir um consenso nacional mais amplo? A implementação de recomendações de consulta pode ter lucros de curto prazo para a junta, mas a que preço para a empresa como um todo?

A abertura de um diálogo inclusivo, integrando várias margens da sociedade, pode ser um caminho para um melhor entendimento e soluções duradouras. Isso requer não apenas um compromisso dos líderes políticos, mas também uma vigilância por parte da população e da comunidade internacional, de incentivar uma transição real e pacificação duradoura.

#### Conclusão

O Mali está em um momento crucial em sua história política. As decisões que serão tomadas nos próximos meses terão repercussões significativas em seu futuro. Uma transição para um regime democrático real parece ser o desejo de muitos malianos, mas isso só pode ser alcançado por um diálogo sincero e um compromisso comum com a estabilidade. A questão que permanece aberta é se os atores presentes estarão prontos para ouvir e respeitar a voz daqueles que afirmam servir.

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