A evolução das funções femininas no cinema: em direção a personagens mais sutis e diversificados.


### A evolução das funções femininas no cinema: reflexões através do prisma de Bérénice Bejo

Em uma paisagem cinematográfica, muitas vezes percebida como dominada por figuras masculinas, o curso e as reflexões de mulheres atrizes como Bérénice Bejo são indicativas das mudanças em andamento na interpretação dos papéis femininos. Bejo, cesarizada por sua interpretação em “The Artist” e recompensou em Cannes por “The Past”, retorna à frente do palco com o filme “México 86”, onde ela encarna uma mulher compartilhada entre suas convicções revolucionárias e seu papel como mãe. Essa dualidade levanta questões sobre a representação de mulheres em papéis tradicionalmente associados às qualidades masculinas, como combatividade.

#### Uma imaginação redutora

Bejo destaca um ponto essencial: na imaginação coletiva, as mulheres envolvidas na luta – política ou armada – ainda são muito raras. Essa observação, embora triste, não é surpreendente à luz da história. Os estereótipos de gênero moldaram as contas culturais por séculos, muitas vezes reduzindo as mulheres a papéis secundários ou a figuras de apoio. A imagem da mulher guerreira ou a personagem feminina que merece estar no coração das lutas ainda parece relativamente pouco explorada no cinema convencional.

#### a revolução silenciosa

No entanto, é importante reconhecer que os desenvolvimentos estão começando a tomar forma. Nos últimos anos, o cinema viu filmes que substituem as mulheres no centro de conflitos, através de personagens complexos e sutis. Isso não se limita às representações militares: estamos testemunhando uma diversidade de interpretações que exploram as questões psicológicas, sociais e morais das mulheres em contextos de combate.

Diretores como Ava Duvernay e Greta Gerwig, apresentando figuras femininas fortes e resilientes, ajudam a redefinir nossa abordagem para combater as contas. Esses trabalhos não se contentam em dar um papel de protagonista feminina; Eles também revelam lutas internas e escolhas difíceis, destacando uma humanidade compartilhada. Ao oferecer tais papéis, permitimos não apenas atrizes diversificar sua paleta, mas também os espectadores repensarem a imagem das mulheres em nossa sociedade, tanto na tela grande quanto na vida cotidiana.

#### A importância da história

A representação das mulheres no cinema está longe de ser apenas uma questão de igualdade no set. De acordo com estudos publicados em plataformas como Fatshimetrics, histórias de e sobre as mulheres influenciam nossa compreensão dos papéis de gênero, ajudando a desenvolver nossas percepções. Ao integrar vozes femininas em histórias de combate e luta livre, desenvolvemos um imaginário que oferece modelos mais variados e inspiradores.

Isso levanta questões cruciais: como as contas das mulheres envolvidas em lutas redefinem as normas culturais? Que implicações isso poderia ter na maneira como as empresas percebem o papel das mulheres em geral?

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Também é necessário se aproximar da maneira como esses papéis são percebidos. O compromisso das mulheres na luta, político, social ou armado, não deve ser visto apenas do ângulo de agressividade ou ativismo. Esses papéis também podem simbolizar resiliência, proteção de parentes e defesa de valores profundos. Essa mudança de perspectiva pode ajudar a reduzir uma dicotomia binária demais entre os papéis tradicionais de gênero, oferecendo um espaço para uma diversidade de expressões femininas.

#### Conclusão

Bérénice Bejo, por seu novo papel no “México 86” e por suas reflexões, abre um diálogo essencial sobre a maneira pela qual o cinema pode transformar nossa percepção de mulheres envolvidas em lutas. É imperativo continuar a incentivar a criação e disseminação de histórias que elevam essas vozes. Além do entretenimento, o cinema tem a capacidade de questionar e redefinir nossa compreensão do mundo. Ao apoiar produções que destacam os combatentes, podemos esperar construir uma imaginação mais equitativa e inclusiva, tanto nas telas quanto em nossas vidas diárias.

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