### A nomeação de Faure GNASSINGBÉ COMO MEDIADOR: REPERCUSSIONS E PROBLEMAS
A nomeação de Faure Essozimna Gnassingbé, presidente da Togo, como mediadora na crise entre a República Democrática do Congo (RDC) e Ruanda continua a despertar reações divergentes. O Movimento Nacional de Libertação Liberdade Togo (Liberdade Togo-MLN), com sede na França, expressou sua oposição a essa decisão em uma carta aberta endereçada à Comissão da União Africana (AU), denunciando o que eles chamam de uma designação “consternada” que vai contra os princípios fundadores da Organização Continental.
#### Contexto da nomeação
Esta nomeação foi feita em um contexto de tensões crescentes entre a RDC e a Ruanda, onde foram observados confrontos esporádicos, em particular ligados às atividades do grupo armado M23. A responsabilidade de um mediador nesse conflito é inegavelmente crucial, especialmente porque implica questões de segurança regionais e passando por dramas humanitários.
A UA, como uma entidade responsável por promover a paz e a segurança no continente, escolheu investir uma figura política que, por sua carreira, desperta perguntas. Estes não estão apenas centrados em suas capacidades diplomáticas, mas também na legitimidade moral quanto à sua posição.
#### críticos formulados pela liberdade TOGO-MLN
As principais críticas transportadas pela liberdade Togo-MLN estão na histórica jornada de Faure Gnassingbé, que eles chamam de “símbolo de repressão e ilegitimidade”. Desde sua adesão ao poder em 2005 após a morte de seu pai, Gnassingbé foi acusado de ter estabelecido um regime autoritário no Togo, marcado pela repressão da oposição e violações dos direitos humanos. Esse contexto levanta questões legítimas: como uma figura controversa pode negociar em uma situação tão tensa?
O Togo-MLN da liberdade também levanta preocupações sobre a percepção de que essa nomeação terá entre as populações africanas, particularmente aquelas que sofreram de governos percebidos como autoritários. Eles evocam um sentimento de insulto ao sofrimento coletivo desses povos, que merece atenção especial na análise da legitimidade e na eficácia da mediação.
#### Uma reflexão sobre a legitimidade dos mediadores
A noção de legitimidade geralmente é fundamental nos processos de mediação. Um mediador deve ser percebido como neutro e capaz de exercer uma influência positiva nas partes em conflito. A avaliação da legitimidade de uma entidade ou personalidade, como mediadora, baseia -se em vários critérios, em particular sua jornada, sua capacidade de criar condições de diálogo e confiança, bem como seu compromisso anterior em iniciativas de paz.
Ainda é interessante fazer a pergunta: existem precedentes na África, onde figuras controversas conseguiram restaurar o diálogo em situações complexas? Se os casos de sucesso puderem ser citados, eles não fazem as dúvidas despertadas pela nomeação atual.
#### O futuro da mediação em crises regionais
O chamado da Liberdade-MLN para a UA para que reconsidere sua decisão é um lembrete relevante de que a eficácia das intervenções políticas e diplomáticas não depende apenas da preparação técnica, mas também do apoio moral e simbólico. A credibilidade da UA está em jogo. As decisões desta instituição devem refletir as aspirações dos povos africanos e promover os líderes que incorporam os valores da democracia, boa governança e respeito pelos direitos humanos.
Isso convida uma reflexão mais ampla: como a UA pode fortalecer sua legitimidade e eficácia nas questões de mediação? Que medidas foram necessárias para garantir que seus mediadores sejam percebidos como anciãos benevolentes?
#### Conclusão
A nomeação de Faure GNASSINGBÉ como mediadora no conflito entre a RDC e a Ruanda abre um espaço de debate necessário em torno de questões de legitimidade e ética em intervenções africanas. As críticas formuladas pela liberdade Togo-MLN sublinham a importância de uma abordagem pensativa que mede não apenas as questões geopolíticas, mas também o peso da história e as aspirações dos povos. A União Africana, em sua busca pela paz e segurança, deve se esforçar para alinhar suas escolhas com os valores que defende, buscando construir confiança duradoura entre seus membros e os cidadãos que ela representa.