** Kinshasa, 9 de abril de 2025: A ansiedade do futebol congolês **
A Federação Congolesa da Associação de Futebol (FECOFA) deu um grande golpe na terça -feira, pedindo à Comissão Eleitoral que suspenda o processo eleitoral de sua extraordinária Assembléia Geral, que seria realizada em 7 de junho. É um choque, um golpe dramático, um freio que coloca um timpani em um debate em pleno andamento. Por que essa reversão da situação?
Você não precisa olhar muito para entender. Em uma região em que o futebol é mais do que um esporte simples – é uma religião, um meio de fuga e, às vezes, até um reflexo das lutas políticas – as tensões que queimam nas redes sociais nunca são triviais. A FECOFA não apenas questiona a legitimidade de seus candidatos, mas também a própria fé que os congoleses têm em seu órgão governante. As acusações de difamação, conspirações e desinformação se fundem de todas as listras, transformando os fóruns em campos de batalha reais.
E se rasparmos um pouco abaixo da superfície? O que está escondido por trás desses comunicados oficiais de imprensa? Porque não é a primeira vez que a FECOFA está sentada em uma fabricante de pó. As sombras do passado, marcadas por escândalos, acusações de corrupção e instabilidade crônica, ainda pesam no futebol congolês. Lembramos dos contratempos dos ex-presidentes, Joseph Kabila, e como o esporte costuma servir de tela para travessuras políticas. Aqui, cada apito ressoa como um eco na história tumultuada do país.
A demanda por suspensão chega em um momento em que o ministro dos esportes exige consulta. É quase cômico, não é? Como se estivéssemos tentando acalmar os espíritos aquecidos pelas paixões de uma partida, mas cuidado, não uma partida no campo – longe disso. O que observamos aqui é um verdadeiro drama humano, onde métodos antigos de corrupção e manipulação parecem se manifestar mais uma vez. Quem, entre os líderes de futebol, pode afirmar estar acima do lote? Quem, entre os candidatos, é realmente capaz de restaurar o futebol ao povo e não a suas próprias ambições?
Esta situação ilustra uma tensão crucial e paradoxal dentro da FECOFA. Por um lado, temos a necessidade de garantir uma eleição gratuita e justa que possa reconciliar os vários atores – clubes, jogadores, apoiadores. Por outro lado, o espectro de um sistema que, por suas práticas questionáveis, tornou -se o inimigo jurado dessa mesma promessa. Existe uma pergunta queimadora: as tensões que tentamos apaziguar hoje são os sintomas de uma doença muito mais profunda do que a dos problemas de uma votação futura?
O arquivo FECOFA, portanto, não se limita a um espaço fechado, onde debatemos nomes e figuras, mas abre com uma realidade maior. Ele se reconecta à cultura popular, Rue de Kinshasa, onde os jovens sonham com uma equipe nacional que os leva a melhores horizontes. São os jovens que jogam os punhos contra o terreno quando seu time favorito perde, mantendo uma esperança louca por um amanhã melhor.
Em quem podemos confiar? Observadores internacionais, influenciadores em redes, ex -jogadores que se tornaram analistas? Todos esses atores estão lá, durante esse período fundamental, mas sua voz às vezes ressoa como um ruído de fundo. Isso não é tão esperado esta consulta, ainda não é outra tentativa de ocultar uma falha de entrega por um verniz da unidade? Uma manobra para economizar tempo?
Enquanto isso, o relógio gira. Kinshasa aguarda, examina e faz perguntas a si mesmo, enquanto espera que a saída da crise não seja semelhante a um teatro mal jogado. Porque se as tensões estiverem calmos calmamente, sabemos que um novo capítulo dessa saga de futebol poderia abrir, com outra luta de poder muito mais corrosiva. Para os congoleses, o futebol ainda pode fornecer a resposta às suas ansiedades ou exacerbar as fraturas de uma sociedade já tão difícil. A bola está nos campos dos líderes, mas também na de cada apoiador. Resta saber se o grito será ouvido.