** Estudo de uma dupla vulnerabilidade: os direitos das mulheres com deficiência em Beni – um apelo à ação para educação e aceitação **
Enquanto o mês de março, dedicado à promoção dos direitos das mulheres, terminou em 30 de março, a cidade de Beni, na República Democrática do Congo, ilustra uma realidade muitas vezes oculta: a das mulheres que vivem com uma desvantagem. Este último, apesar de se beneficiar da integração progressiva na comunidade, levanta grandes preocupações sobre seu acesso à educação e seu reconhecimento social.
** Simid, mas encorajando integração **
As organizações das pessoas que vivem com deficiência exibem satisfação diferenciada com os avanços realizados em termos de inclusão. Em Beni, a integração de pessoas com deficiência, especialmente mulheres, é um passo importante em direção a uma sociedade mais eqüitativa. No entanto, essa aceitação está longe de ser universal. A socióloga Sophie Kowasi enfatiza que uma empresa que valida os direitos das mulheres com deficiência na superfície não garante sua inclusão efetiva na tomada de decisão ou no acesso a serviços essenciais, como a educação. Essa observação exige uma melhoria nas políticas públicas que devem ir além da integração simbólica e ir para ações concretas e mensuráveis.
** Educação como uma alavanca para a emancipação **
Beatrice Asimoni, da Associação de Pessoas que Vivendo com Beni Handicap, enfatiza a necessidade de educar meninas e mulheres que vivem com uma desvantagem. Isso levanta a questão do acesso à educação como um direito fundamental: menos de 10 % das meninas com deficiência na RDC terminam o ciclo primário, uma figura alarmante que destaca a extensão do desafio a ser enfrentada. Em termos de educação, as desigualdades são dobradas; Eles não estão apenas ligados ao gênero, mas também ao status da deficiência.
A educação é muito mais do que apenas acesso à educação; É um vetor crucial para a emancipação. Através de um estudo da UNESCO em 2021, estabelece que a educação das mulheres, em particular aquelas que vivem com deficiência, leva a resultados positivos não apenas para si mesmos, mas também para sua comunidade. Uma mulher educada pode fazer perguntas, defender seus direitos e, portanto, se tornar uma agente de mudança em sua comunidade. A educação inclusiva pode quebrar os canais de pobreza e reduzir o risco de violência baseada em gênero, um problema ainda muito comum na RDC.
** Uma dinâmica da comunidade a ser fortalecida **
Além da educação, Asimoni também exige uma cultura de auto-aceitação entre mulheres com deficiência. Essa aceitação é vital para a luta contra o estigma social. Se essas mulheres tomam conhecimento de seu valor e potencial, elas podem influenciar positivamente seu ambiente. Uma mudança na percepção também pode incentivar as comunidades a demonstrar empatia e considerável aceitação em relação a elas.
Para ilustrar esse ponto, um projeto liderado pela ONG local “Hand in Hand” mostrou que os workshops de auto -estima podem indiretamente levar a um aumento no compromisso de mulheres com deficiência em iniciativas comunitárias. Os participantes, armados com melhor autopercepção, assumiram papéis de líderes em seus bairros, modificando gradualmente a aparência que a sociedade olha.
** Conclusão: uma integração necessária, mas incompleta **
A integração de mulheres com deficiência em Beni é uma realidade em emergência, mas exige que os esforços concertos para que essa inclusão seja sustentável e significativa. O caminho para a emancipação envolve inevitavelmente a educação e a aceitação social. O governo, as organizações e a comunidade devem unir forças para promover essa dinâmica. Nesse sentido, março não deve ser um fim, mas um começo para a conscientização sobre a necessidade urgente de agir a favor dos direitos das mulheres com deficiência.
Enquanto saímos deste mês dedicado aos direitos das mulheres, é imperativo incluir em nossa agenda e nossos diálogos públicos a voz daqueles que, apesar dos desafios representados por sua desvantagem, têm uma contribuição preciosa a ser feita. Eles não devem apenas ser percebidos como beneficiários de apoio, mas como atrizes essenciais de uma mudança social duradoura. Somente ações coletivas e resolvidas podem garantir que seus direitos sejam totalmente reconhecidos e respeitados.