Como as mulheres com deficiência em Kisangani reivindicam seus direitos e empoderamento na sociedade?

Mulheres com deficiência em Kisangani: um pedido de empoderamento e inclusão

Em Kisangani, a voz das mulheres que vivem com um handicap ressoou durante uma oficina marcando o fechamento do mês das mulheres, destacando as questões cruciais de inclusão e respeito pelos direitos. Sifa Kasanda, presidente da Organização Nacional Islâmica de pessoas que vive com deficiência, denunciou a ignorância persistente de uma lei, porém fundamental, para sua integração profissional. Em um país em que a taxa de desemprego entre essa população excede 75%, a iniciativa de autocuidado da associação parece ser um vislumbre de esperança. Ao formar mulheres no empreendedorismo, Onaphar não apenas promove a autonomia, mas também cria um modelo inspirador para outras organizações. Para uma mudança duradoura se concretizar, é crucial combater os estereótipos por campanhas de conscientização, enquanto chama as autoridades a agirem. Com determinação, essas mulheres jogam o caminho para uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos têm seu lugar.
### Mulheres com deficiência em Kisangani: Rumo a um novo ERE de empoderamento

Kisangani, principal cidade da província de Tshopo na República Democrática do Congo, recebeu recentemente um workshop marcando o fechamento das atividades femininas, um evento rico em significados e questões sociais. No coração deste evento, uma voz se distingue por sua força e clareza: a das mulheres que vivem com uma desvantagem. Esta reunião não era apenas um simples gesto simbólico. Pelo contrário, era um verdadeiro grito de guerra por reconhecimento e respeito pelos direitos dessa margem da sociedade que geralmente permanece marginalizada.

** Uma lei ignorada: um pedido de ação **

Sifa Kasanda, presidente provincial da Organização Nacional Islâmica de Pessoas que Livam com Deficiência (Onaphar), destacou uma observação alarmante: apesar da existência de uma lei estipular que as pessoas com deficiência devem ser incluídas em todos os negócios, essa realidade ainda precisa ser desejada. Essa observação é particularmente preocupante em um país como a RDC, onde as desigualdades de gênero e a acessibilidade do trabalho estão profundamente enraizadas.

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que quase 15% da população mundial vive com um handicap, uma estatística que destaca a urgência de integrar essas pessoas ao tecido socioeconômico. Na RDC, onde a pobreza e a falta de acesso a serviços básicos são predominantes, a ausência de incentivos para a inclusão de pessoas com deficiência na força de trabalho amplifica sua marginalização. Kasanda, assim, desafiou as autoridades locais a implementar esta lei e a propor soluções concretas para melhorar o acesso ao emprego.

** Um vislumbre de esperança: saúde e liderança feminina **

Apesar desses desafios, a iniciativa do autocuidado realizada por Onaiphar é um exemplo inspirador. A associação fez esforços consideráveis ​​para incentivar seus membros a criar atividades de geração de renda (AGR). Essa abordagem, que defende o empoderamento, é essencial no contexto congolês, onde a taxa de desemprego entre pessoas com deficiência é alarmante. De acordo com um estudo do Banco Mundial, a taxa de desemprego de pessoas com deficiência na África Sub -Sariana geralmente excede 75%.

O autocuidado tem a dupla vantagem de promover não apenas a dignidade pessoal, mas também a independência econômica, permitindo assim que as mulheres vivem com uma desvantagem para desempenhar um papel ativo no desenvolvimento de suas comunidades. Esse modelo de trabalho autônomo pode inspirar outras organizações em todo o país a desenvolver programas semelhantes, o que poderia contribuir para a transformação social.

** Treinamento de empreendedorismo: um futuro promissor **

A Organização Nacional Islâmica de Pessoas que vivem com deficiências projeta o treinamento em empreendedorismo para seus membros. A idéia de treinar mulheres na gestão da AGR é crucial em um contexto em que falta apoio institucional. Esses cursos de treinamento podem abordar temas como contabilidade básica, gerenciamento de tempo ou técnicas de marketing, levando em consideração as particularidades vinculadas à sua desvantagem.

Seria aconselhável ser inspirado pelos programas criados por outros países africanos, como o Gana, onde foram lançadas iniciativas governamentais para integrar e capacitar pessoas com deficiência por meio do empreendedorismo. Parcerias com empresas privadas para oferecer subsídios ou financiamento também podem ser previstas.

** O impacto sociocultural da inclusão **

Finalmente, é essencial considerar a estrutura sociocultural na qual essas iniciativas ocorrem. A percepção de handicap em muitas empresas africanas, inclusive na RDC, é frequentemente tingida de estigma. Os programas de inclusão devem, portanto, ser acompanhados por uma consciência mais ampla da sociedade. As campanhas da mídia podem ser criadas para desmistificar o handicap, destacando os sucessos das mulheres que vivem com deficiência, cultivando assim uma mudança de paradigma no espírito coletivo.

Essa reunião em Kisangani, assim, lançou as fundações para uma luta contínua pelos direitos das mulheres que vivem com uma desvantagem. A voz de Sifa Kasanda e sua determinação de incorporar a mudança são sinais de esperança. O caminho para a inclusão, embora pontilhado de obstáculos, não é impraticável. Com um compromisso coletivo, uma vontade política e a iniciativa das próprias mulheres, é possível um futuro mais justo e justo para todas as mulheres, incluindo aquelas que vivem com uma desvantagem.

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