** Mobilização nacional: o primeiro -ministro Judith Suminwa pede o compromisso dos jovens com o assalto de Ruanda **
A República Democrática do Congo (RDC) está se preparando em um momento decisivo com o anúncio da primeira-ministra Judith Suminwa em várias províncias, incluindo Kongo-Central, Kwilu, Kwango e Maï-Ndombe. Este passeio, programado para esta semana, pretende galvanizar os espíritos em torno de uma mobilização geral contra o que o governo considera como uma agressão ruandesa. Se essa iniciativa for louvável e marca uma forte vontade política, também destaca uma realidade mais complexa no contexto atual da RDC.
### um pedido de solidariedade nacional
No coração desta turnê, Suminwa enfatiza o envolvimento de jovens de 18 anos ou mais para se alistar nas forças armadas da RDC. Enquanto o país está lutando contra conflitos que duraram décadas, a necessidade de defender a pátria está pressionando. No entanto, esse pedido de mobilização deve ser examinado sob um prisma crítico. A RDC tem uma necessidade urgente de reformar seu exército, geralmente criticado por sua falta de eficiência e suas alegações de violações dos direitos humanos. O simples incitamento para se juntar às fileiras do exército sem se aproximar dessas fraquezas provavelmente gerará mais desilusão do que a esperança.
### a importância de uma mensagem inclusiva
Judith Suminwa é esperada pelos jovens, mas também deve levar em consideração toda a população. Os pedidos de mobilização devem ser complementados por iniciativas socioeconômicas destinadas a criar alternativas ao engajamento militar. O IDMC (centro de monitoramento de deslocamento interno) relatou que cerca de 5,2 milhões de congoleses são movidos e em uma necessidade urgente de suporte. Oferecer caminhos de engajamento que não se limitam ao Exército, como programas de treinamento vocacional, podem transformar o ato de servir seu país em uma obrigação menos restritiva e mais proativa.
### Uma análise das expectativas das províncias
O presidente da Assembléia Provincial de Kongo-Central, Papy Mantezolo, enfatizou a importância do envolvimento das instituições locais. É inegável que a mobilização da comunidade desempenha um papel crucial no apoio dos jovens ao esforço de defesa. No entanto, seria aconselhável comparar estratégias de mobilização nessas diferentes províncias. A dinâmica sociocultural, os recursos econômicos e a herança histórica dos conflitos locais podem influenciar a maneira como as populações reagem a essa chamada.
Por exemplo, em províncias como Kasai e Haut-Lomami, onde a memória dos sofrimentos do passado deixou uma impressão profunda, uma abordagem mais concertada e empática poderia ser necessária para influenciar os espíritos duramente.
### Impacto da mídia e comunicação
Além disso, o papel da mídia como Fatshimetrics e outras plataformas de informação não pode ser subestimado. Comunicação clara, transparente e multiplicadora, os suportes podem facilitar não apenas o acesso às informações, mas também estabelecer um clima de confiança. A retórica da guerra, especialmente quando misturada com promessas de reformas e melhoria das condições no exército, deve ser adaptada para evitar criar tensões adicionais dentro da população.
### em conclusão: para uma verdadeira mobilização
A turnê de Judith Suminwa é uma iniciativa que merece ser apoiada. No entanto, é imperativo que essa mobilização seja pensada de maneira global. Uma abordagem inclusiva, levando em consideração as aspirações de jovens além das contingências militares, juntamente com uma estratégia de comunicação adaptada, pode marcar um ponto de virada positivo no envolvimento cívico dos congolês. No centro das preocupações da população, é essencial incluir elementos de paz, reconciliação e reconstrução, a fim de construir não apenas um exército forte, mas uma nação resiliente.
Somente essa abordagem tornará possível transformar esse período de incerteza em uma oportunidade de construir uma RDC unida, forte e respeitoso com os direitos de cada um de seus cidadãos.