** Vacinação: uma questão importante para a expectativa de vida dos congoleses **
Em um contexto em que a saúde pública é posta à prova por vários desafios, o Dr. Samuel Roger Kamba Mulamba, ministro da Saúde Pública Congolesa, enfatizou recentemente a importância crucial da vacinação para melhorar a expectativa de vida dos congoleses. Durante um briefing de imprensa realizado em Kinshasa em 27 de fevereiro, ele pediu à mobilização em favor de campanhas de vacinação, evocando o fenômeno perturbador da mortalidade infantil. De fato, a taxa de mortalidade de crianças na República Democrática do Congo (RDC) é alarmante, especialmente para crianças menores de cinco anos, e principalmente causada por doenças evitáveis da vacinação.
Esta declaração do ministro Kamba é de uma ressonância particular quando consideramos a evolução da saúde pública em escala global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação tornou possível evitar milhões de mortes nas últimas décadas. Na RDC, no entanto, os ceticismo em relação à vacinação continuam a frear esse avanço. Os movimentos anti-vaccino, não apenas na África, mas em todo o mundo, continuam a alimentar a desconfiança. O ministro também chamou o fim de “esse delirium contra a vacinação”, um discurso que exige ser mais amplificado no debate público.
** Uma tabela alarmante: mortalidade infantil em figuras **
As estatísticas destacam uma tabela preocupante: na RDC, cerca de 80.000 crianças menores de cinco anos morrem a cada ano de doenças como sarampo, poliomielite e tuberculose, para as quais existem vacinas. Para melhor contextualizar esses números, é interessante compará -los com os de outros países africanos. Por exemplo, a taxa de mortalidade infantil na Zâmbia e Ruanda diminuiu consideravelmente graças a programas de vacinação intensiva. A Zâmbia registrou uma queda de 10% nas mortes das crianças em menos de cinco anos no espaço de cinco anos, uma melhoria atribuída a uma melhor cobertura de vacinação. É com esse tipo de exemplo que o ministro Kamba formulou elegantemente seu apelo à ação.
Além disso, a mortalidade infantil não é um desafio isolado. Muitas vezes, é sintomático de saúde pública mais ampla, influenciada por fatores socioeconômicos, como pobreza, acesso à água potável e nutrição. Um relatório da UNICEF destaca o fato de que os países que experimentaram vacinas também investiram em infraestrutura que promove o bem-estar das crianças. Para a RDC, é imperativo lidar com essas disparidades e promover a vacinação.
** Um fórum para cobertura universal de saúde **
O governo congolês planejou um quarto fórum nacional sobre vacinação e erradicação da poliomielite, que será realizado de 04 a 06 de março em Kinshasa. Essa iniciativa faz parte de uma estrutura mais ampla, idealmente orientada para o acesso universal aos cuidados de saúde. O ministro Kamba expressou a esperança de que esta reunião possibilite o desenvolvimento de estratégias concretas para superar obstáculos à vacinação no país, promovendo assim uma cobertura de saúde mais sólida.
No entanto, esse fórum poderia se beneficiar de uma dimensão adicional, integrando atores além das instituições governamentais, como ONGs, comunidades locais e líderes de opinião. Seus testemunhos e experiências podem esclarecer as discussões e gerar um compromisso coletivo de fortalecer a aceitação de vacinas. A conscientização da comunidade também pode desempenhar um papel essencial, racionalizando a desconfiança em relação à vacinação.
** Um futuro a ser construído: o papel dos jovens e da sociedade civil **
Outra dimensão a considerar é o papel dos jovens congoleses como agentes de mudança. Os jovens podem ser embaixadores poderosos para promover iniciativas de vacinação em suas famílias e comunidades. Os programas educacionais e oficinas de saúde devem ser implementados em escolas e universidades para educar os jovens sobre a importância da vacinação de saúde pública, incorporando elementos nos mitos em torno da vacina.
Através de iniciativas comunitárias, redes sociais e campanhas visíveis, os jovens podem estar na vanguarda de um movimento em favor da vacinação, transformando o futuro da saúde pública na RDC. O compromisso da sociedade civil, combinado com políticas governamentais ousadas, pode levar a uma mudança significativa.
Em conclusão, a vacinação representa uma alavanca fundamental para melhorar a expectativa de vida na RDC. O discurso do ministro Kamba, embora seja forte, deve resultar em ações concretas e mobilização coletiva. Se o país conseguir superar a desconfiança e fortalecer a cobertura da vacinação, não apenas poderia reduzir a mortalidade infantil, mas também iniciar um círculo virtuoso de saúde pública que beneficiará toda a nação.