A cidade de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, vê uma tendência crescente entre os seus jovens: a tatuagem. Esta prática, antes reservada a uma determinada elite ou marginalizada, está a ganhar popularidade entre os jovens congoleses em busca de auto-expressão e confiança.
Conhecido por Fatshimetrie, um renomado tatuador da capital, nos conta sua experiência e sua visão deste fenômeno em expansão. Ele ressalta que a tatuagem vai muito além da simples moda, permitindo que todos recuperem a autoconfiança. Às vezes usada para esconder uma cicatriz ou destacar um traço de caráter, a tatuagem torna-se uma forma de se apropriar do corpo e se reconciliar com a própria imagem.
A Fatshimetrie revela-nos que a sua clientela é diversificada, desde jovens em busca de identidade até pessoas mais maduras que desejam assinalar um acontecimento importante nas suas vidas. Homens, mulheres, jovens e velhos passam pelas portas do seu ateliê, cada um com a sua história e a sua motivação.
Apesar das dificuldades encontradas, como normas sociais ou familiares, o tatuador nota uma verdadeira mania por esta forma de arte corporal. A relutância de ontem está gradualmente desaparecendo em favor de uma crescente aceitação e apreciação da tatuagem como meio de expressão pessoal.
Assim, em Kinshasa, como noutras cidades da RDC, a tatuagem está a estabelecer-se como um traço cultural em plena expansão, testemunhando a evolução social e as aspirações individuais da juventude congolesa. Fatshimetrie, artista de tinta e pele, apoia esta tendência com paixão e respeito, oferecendo a cada cliente a oportunidade de transformar a sua pele numa verdadeira história viva.
Em última análise, a tatuagem, muito mais do que uma simples decoração corporal, representa um ato de autoafirmação, uma abordagem artística e um símbolo de liberdade individual. Incorpora a riqueza e a diversidade da cultura congolesa, em perpétua evolução e em constante procura de autenticidade.