**África enfrenta dívidas crescentes com o FMI: os países mais endividados**
Num contexto económico global instável, muitos países africanos enfrentam grandes desafios financeiros, com uma dependência crescente da assistência financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI). Estas dívidas, que parecem estar a acumular-se de forma preocupante, reflectem a necessidade destas nações recorrerem ao financiamento externo para lidar com crises económicas e dificuldades orçamentais.
Os empréstimos do FMI oferecem certamente margem de manobra financeira aos países em dificuldades, mas muitas vezes vêm acompanhados de condições rigorosas. Estas condições, como cortes de subsídios, ajustamentos cambiais e medidas de austeridade, visam estabilizar as economias, mas levantam preocupações sobre o seu impacto nos investimentos públicos em sectores essenciais como a saúde, a educação e as infra-estruturas.
Entre os dez países africanos mais endividados com o FMI no quarto trimestre de 2024 estão gigantes económicos regionais, bem como nações em desenvolvimento que enfrentam desafios específicos:
**Egito:** No topo da lista, com uma dívida de 9,45 mil milhões de dólares ao FMI, o Egito procura estabilizar a sua economia, garantindo ao mesmo tempo o crescimento futuro.
**Quénia:** Com uma dívida de 3,02 mil milhões de dólares, o Quénia continua as suas reformas para gerir a sua dívida e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento económico.
**Angola:** Endividado no valor de 2,99 mil milhões de dólares, Angola conta com o apoio do FMI para fazer face às flutuações dos preços do petróleo e diversificar a sua economia.
**Gana:** Com uma dívida de 2,25 mil milhões de dólares, o Gana está a trabalhar para estabilizar a sua moeda e fortalecer a sua resiliência económica.
**Costa do Marfim:** Com uma dívida de US$ 2,19 bilhões, a Costa do Marfim está investindo em projetos de desenvolvimento e infraestrutura para garantir seu crescimento futuro.
**República Democrática do Congo (RDC):** Com uma dívida de 1,6 mil milhões de dólares, a RDC está a utilizar estes fundos essenciais para gerir os desafios económicos de um país rico em recursos.
**Etiópia:** Endividada no valor de 1,31 mil milhões de dólares, a Etiópia está a navegar entre as reformas económicas e o fim dos conflitos internos.
**África do Sul:** Com uma dívida de 1,14 mil milhões de dólares, a África do Sul tem como objectivo uma recuperação económica sustentável e um crescimento sustentado.
**Camarões:** Endividados no valor de 1,13 mil milhões de dólares, os Camarões estão a reforçar o seu quadro financeiro e a apoiar setores-chave da sua economia.
**Senegal:** Utilizar a sua dívida de 1,11 mil milhões de dólares para impulsionar o desenvolvimento e garantir a estabilidade económica.
A tendência para aumentar a dependência dos fundos do FMI realça os desafios que os países africanos enfrentam para equilibrar a satisfação das necessidades fiscais imediatas com a prossecução dos objectivos de desenvolvimento sustentável a longo prazo. É crucial que estas nações trabalhem para implementar políticas económicas e financeiras sólidas para garantir uma trajetória de crescimento estável e sustentável.