O caso Mike Kasenga continua a suscitar reacções fortes e apaixonadas na esfera judicial congolesa. Eu Guillain Duga Nsenda, advogado do arguido, reagiu fortemente à acusação do Ministério Público que visava condenar o seu cliente a vinte anos de trabalhos forçados. Segundo o advogado, esta acusação é descrita como fantasiosa e escandalosa, carecendo de bases jurídicas sólidas que sustentem as alegações de desvio de dinheiro público feitas contra Mike Kasenga.
Durante a sua petição perante o Tribunal de Cassação de Kinshasa, Me Guillain Duga Nsenda expressou a sua indignação pela pesada sentença exigida pelo Ministério Público. Para ele, o Ministério Público não apresentou provas irrefutáveis da suposta apropriação indébita, colocando em causa a credibilidade dos elementos apresentados.
O advogado sublinhou que a defesa de Mike Kasenga depende da visão e imparcialidade do Tribunal de Cassação para decidir objectivamente este caso. Afirmou que a acusação do Ministério Público não pode vincular a decisão do Tribunal e manifestou a sua confiança numa possível absolvição do seu cliente.
Além disso, Me Guillain Duga Nsenda destacou falhas na argumentação do Ministério Público, sublinhando que os elementos que constituem o alegado delito não foram suficientemente fundamentados. Sublinhou que a própria natureza das acusações apresentadas contra Mike Kasenga, nomeadamente a ausência de vítima directa e a natureza não oficial do arguido, põe em dúvida a validade da acusação de desvio de fundos públicos.
Em conclusão, o caso Mike Kasenga destaca as questões complexas do sistema judicial na República Democrática do Congo. O debate em torno da acusação da acusação levanta questões cruciais sobre a justiça e imparcialidade dos processos judiciais, destacando a necessidade de uma análise aprofundada e imparcial para garantir um veredicto justo e equitativo.