Tensões crescentes entre a CEDEAO e a Aliança dos Estados do Sahel: que futuro para a África Ocidental?

O artigo discute a saída do Mali, Burkina Faso e Níger da CEDEAO, gerando tensões entre estes países e a instituição. As autoridades militares questionam esta decisão e denunciam a interferência francesa. As questões políticas e de segurança estão no centro dos debates, pondo em perigo a cooperação regional na África Ocidental. O futuro da Aliança dos Estados do Sahel é incerto, entre o fortalecimento regional ou a fragmentação.
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Há poucos dias, os chefes de estado da CEDEAO formalizaram a saída destes três países da instituição, a partir de 29 de janeiro. Esta retirada é acompanhada por um período de transição de seis meses para facilitar a implementação de novas disposições. No entanto, esta decisão não foi bem recebida pelas autoridades militares em vigor nestes países.

O Coronel Amadou, próximo de Assimi Goita, manifestou publicamente o seu desacordo com este prazo de transição imposto pela CEDEAO. Segundo ele, trata-se de uma manobra orquestrada pela França para desestabilizar a Aliança dos Estados do Sahel (AES), reunindo os três países em causa. Assim, as tensões entre os militares no poder e a CEDEAO parecem estar no seu auge.

Na sua declaração conjunta, os líderes da junta no Mali, Burkina Faso e Níger expressaram claramente a sua desconfiança na CEDEAO. Denunciam a alegada interferência da França nos assuntos internos da Aliança dos Estados do Sahel, destacando as questões de segurança da região.

Embora a CEDEAO planeasse continuar as suas mediações para resolver as tensões, a Aliança dos Estados do Sahel parece optar por uma posição mais firme. Ela alerta contra qualquer forma de desestabilização orquestrada por certos Estados membros da CEDEAO, pondo assim em causa a possibilidade de encontrar um terreno comum num futuro próximo.

Esta situação complexa levanta muitas questões sobre o futuro da cooperação regional na África Ocidental. As questões políticas, de segurança e económicas estão no centro dos debates, evidenciando as divergências de interesses entre os diferentes intervenientes envolvidos.

Em conclusão, a saída do Mali, do Burkina Faso e do Níger da CEDEAO marca um importante ponto de viragem nas relações regionais na África Ocidental. O tempo dirá se esta decisão reforçará a coesão dentro da Aliança dos Estados do Sahel ou se conduzirá a uma fragmentação ainda mais profunda da região.

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