Num mundo onde a desigualdade persiste apesar do progresso económico alcançado por alguns países de baixos rendimentos, é crucial olhar para os desafios enfrentados pelas restantes 26 nações, principalmente na África Subsariana. Embora 39 países tenham conseguido aderir ao clube das economias de rendimento médio desde o ano 2000, aqueles que permanecem à margem desta progressão enfrentam dificuldades acrescidas para escapar à pobreza.
As razões para esta estagnação económica são múltiplas, como explica Philippe Kenworthy, economista sénior do Banco Mundial. Os conflitos armados, as crises da dívida, a instabilidade política, bem como a falta de oportunidades comerciais regionais são factores que dificultam o desenvolvimento destes países. Embora existam soluções, os esforços internos, como a consolidação da estabilidade, a melhoria da produtividade agrícola e o estabelecimento de quadros fiscais sólidos, podem abrir caminho para o crescimento sustentável.
No entanto, estas ações requerem um maior apoio da comunidade internacional. Embora o fundo de ajuda da AID do Banco Mundial tenha sido reabastecido a um nível recorde, os empréstimos nos mercados financeiros correm o risco de atrasar os países mais necessitados devido às elevadas taxas de juro. É, portanto, imperativo que a comunidade internacional atribua financiamento preferencial para maximizar as hipóteses destas nações emergirem da pobreza.
Neste contexto, é essencial abordar a questão da dívida, um fardo crescente para muitos países pobres. Devem ser encontradas soluções inovadoras para aliviar este fardo financeiro e permitir que as economias mais vulneráveis se reconstruam e prosperem. Deve ser dada prioridade a investimentos sustentáveis, verdes e resilientes para garantir um futuro mais promissor para estes países em dificuldades.
Em última análise, a solidariedade e a cooperação internacionais são essenciais para superar os principais desafios que os países menos desenvolvidos enfrentam. É hora de agir coletivamente para proporcionar um futuro melhor e mais equitativo para todas as pessoas ao redor do mundo.