**Situação alarmante: um preço alto para as populações deslocadas após os confrontos entre os grupos Wazalendo Bembe e Buyu**
No coração das províncias de Kivu do Sul e Maniema, a violência mais uma vez abalou a região, deixando para trás uma comunidade desolada e desesperada. Cerca de 7.200 pessoas foram forçadas a fugir dos confrontos entre os Wazalendo Bembe e Buyu, buscando desesperadamente refúgio e segurança.
Relatórios do administrador do Fizi, Samy Kalonji Badibanga, revelam uma realidade de partir o coração. Os deslocados, privados de tudo, estão atualmente encontrando abrigo temporário em salas de aula e igrejas em Penemembe e outras aldeias próximas. Seu cotidiano é marcado pela insegurança, fome e péssimas condições de higiene.
Longe das manchetes, no centro desta crise humanitária estão vidas destruídas, famílias despedaçadas e destinos alterados. Os deslocados, testemunhas indefesas da violência que os forçou a fugir, aguardam a chegada lenta de assistência humanitária.
Samy Kalonji Badibanga destaca a angústia dessas populações desamparadas: “Cerca de 7.200 pessoas estão fugindo de suas casas, buscando desesperadamente refúgio. Sua presença em escolas e vilas demonstra a escala da tragédia humana que estamos enfrentando. Quase 850 pessoas vivem em condições precárias, sem acesso à ajuda humanitária necessária para sua sobrevivência.”
Esta crise humanitária se soma ao número já alarmante de deslocados internos, estimado em 5.200. Esses números frios escondem a realidade do sofrimento silencioso, da angústia palpável e de uma emergência humanitária que não tolera complacência.
Os confrontos, que já causaram a morte de quatro pessoas inocentes, não devem ser apenas números de um relatório, mas uma realidade que exige uma ação urgente e coordenada. É imperativo que a comunidade internacional se mobilize para prestar assistência a essas populações deslocadas que, neste período crítico, não têm outro recurso além da frágil esperança de um amanhã melhor.
Diante dessa tragédia humana que se desenrola longe dos olhos, é hora de agir, de estender a mão àqueles que perderam tudo, de restaurar um vislumbre de esperança a essas vidas destruídas pela violência e pela insegurança. Não chegou mais o momento de discursos vazios, mas de ações concretas e imediatas para aliviar o sofrimento de milhares de pessoas em perigo.