A eclosão de violência religiosa na Nigéria, na sequência de um cisma dentro da Igreja Metodista Unida, levantou recentemente preocupações sobre a situação dos membros desta comunidade no país. Os recentes acontecimentos trágicos no estado de Taraba resultaram na perda de uma vida, bem como na destruição de casas e na morte de duas crianças pequenas. Estes actos de violência, decorrentes do desacordo sobre a revogação das proibições LGBTQ dentro da Igreja Metodista Unida, apelam a uma reflexão profunda sobre as consequências de tal divisão dentro de uma comunidade religiosa.
Quando divergências teológicas se transformam em confrontos violentos dentro de uma congregação, a própria essência da fé e da tolerância é posta em causa. O facto de uma igreja se tornar palco de violência, com membros mortos e crianças inocentes perdendo a vida em ataques incendiários, levanta preocupações sobre a radicalização e a intolerância dentro de certas facções religiosas.
Embora a Igreja Metodista Unida tenha tomado a decisão histórica de suspender as proibições LGBTQ na sua mais recente conferência geral, alguns membros preferiram romper com essa instituição para formar a nova Igreja Metodista Abrangente. Esta divisão gerou tensões e confrontos, culminando nos trágicos acontecimentos em Taraba.
A reacção dos bispos metodistas unidos locais é significativa; Condenaram estes actos de violência e expressaram o seu desejo de ver a paz restaurada na comunidade. O apelo ao fim da violência e à procura da verdade deve ser ouvido pelos membros de ambos os campos, a fim de evitar qualquer escalada de hostilidades e encontrar soluções pacíficas para as suas diferenças teológicas.
A assembleia de bispos da Igreja Metodista Global também se apresentou, enfatizando a necessidade de responder às alegações e prevenir qualquer forma de violência futura. A perda de vidas e o uso da violência são realidades inaceitáveis em qualquer comunidade religiosa, e os esforços conjuntos dos membros de ambas as igrejas são necessários para promover a paz e a reconciliação.
Em conclusão, a tragédia no Estado de Taraba destaca os perigos da polarização religiosa e levanta questões sobre a capacidade dos fiéis de gerirem as diferenças teológicas de forma construtiva. A paz e a tolerância devem orientar as acções dos membros de ambas as igrejas, para garantir um futuro harmonioso para a comunidade metodista na Nigéria e não só.