O cenário mediático na República Democrática do Congo ganhou recentemente vida com dois temas quentes que atraíram a atenção de todos. Na verdade, a crítica de imprensa da Fatshimetrie de quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, destaca dois acontecimentos significativos: a denúncia apresentada pelo governo congolês contra a multinacional americana Apple e a inauguração da nova companhia aérea nacional “Air Congo”.
O primeiro assunto, amplamente comentado por vários jornais, destaca a abordagem do Governo congolês que optou por apresentar uma queixa contra a Apple em Paris e Bruxelas. A medida surge após revelações de que a Apple está envolvida na compra de minerais de fontes questionáveis na República Democrática do Congo. Alegações graves que levantam questões sobre as práticas éticas de certas multinacionais e a sua responsabilidade nas cadeias de abastecimento globais.
Jornais como EcoNews, The Post e La Tempête des tropiques destacam as declarações do porta-voz do governo congolês, Patrick Muyaya, que relatou provas contundentes contra a empresa Apple. Este caso, para além do aspecto jurídico, levanta questões cruciais em termos de transparência e responsabilidade das empresas internacionais para com os países produtores de matérias-primas.
Ao mesmo tempo, o nascimento da companhia aérea nacional “Air Congo” também despertou grande interesse na imprensa. Infos 27, Forum des As e Le Quotidien cobriram extensivamente o evento marcante da inauguração desta nova companhia aérea, um sinal de uma forte ambição nacional em termos de conectividade aérea. O envolvimento do Presidente Félix Tshisekedi e da Primeira-Ministra Judith Suminwa durante esta cerimónia reforçou o símbolo desta empresa como alavanca de desenvolvimento e influência para a RDC.
Segundo a AfricaNews, a criação da Air Congo é o resultado de uma colaboração frutuosa entre a RDC e a Ethiopian Airlines, com uma frota de duas aeronaves modernas para garantir os primeiros voos. Esta iniciativa não só representa um progresso significativo para o sector da aviação congolês, mas também reflecte uma visão mais ampla de uma África unida e próspera, olhando para o futuro.
Em conclusão, estes dois grandes eventos ilustram o desejo do Governo congolês de defender os interesses nacionais, promovendo ao mesmo tempo uma visão de desenvolvimento sustentável e de cooperação internacional. Uma nova dinâmica que abre perspectivas interessantes para o futuro da RDC no cenário regional e global.