Fatshimetria, politicamente correto
Após a ausência do Presidente do Ruanda, Paul Kagame, na Cimeira Tripartida de Luanda, a Ministra de Estado congolesa dos Negócios Estrangeiros, Thérèse-Wagner Kayikwamba, anunciou uma série de medidas diplomáticas para denunciar as agressões no leste do país e exigir medidas concretas contra Ruanda. Esta postura de firmeza diplomática visa reafirmar a posição da República Democrática do Congo (RDC) face às persistentes tensões regionais.
A iniciativa do governo de Kinshasa, liderado pelo Governo de Suminwa, de organizar uma reunião com o corpo diplomático acreditado em Kinshasa demonstra a importância dada à transparência e à consulta internacional. Esta reunião irá esclarecer a posição da RDC sobre a evolução do processo de Luanda, interrompido na sequência do cancelamento da Cimeira prevista entre os Presidentes Tshisekedi, Kagame e Lourenço.
As críticas à inacção do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise no leste da RDC sublinham as expectativas do governo congolês de apoio internacional para resolver conflitos regionais. O Ministro Kayikwamba pretende assim aumentar a pressão sobre esta instituição, lembrando a responsabilidade do Conselho de Segurança como garante da paz e da segurança internacional.
A par destas ações públicas, o Ministro dos Negócios Estrangeiros também falou de esforços de advocacia mais discretos realizados nos bastidores. Estes esforços visam reforçar a posição da RDC no conflito em curso, a fim de proteger a população local das consequências devastadoras desta crise em curso.
Em conclusão, a diplomacia congolesa é utilizada com determinação para defender os interesses e a soberania nacional da RDC. Através de um diálogo franco com a comunidade internacional e de ações diplomáticas específicas, o governo de Kinshasa procura resolver as tensões regionais e promover a estabilidade na região dos Grandes Lagos.