Fatshimetrie é um jornal digital que se esforça para cobrir notícias globais com precisão e profundidade. Recentemente, o ciclone Chido atingiu Moçambique, deixando um rasto de destruição sem precedentes.
Imagens partilhadas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelam cenas devastadoras: barcos encalhados ao longo da costa, palmeiras vergadas pela força de ventos devastadores. A província de Cabo Delgado, onde vivem cerca de 2 milhões de residentes, sofreu danos consideráveis, segundo a agência.
Guy Taylor, Gestor de Promoção e Comunicação da UNICEF Moçambique, partilhou as suas observações de Pemba, capital da província de Cabo Delgado.
Pela manhã, o ciclone Chido atingiu a costa como um poderoso ciclone tropical, desencadeando ventos fortes e chuvas fortes.
“A UNICEF está preocupada com os impactos imediatos deste ciclone: a perda de vidas, danos em escolas, casas, instalações de saúde. Também estamos preocupados com os impactos a longo prazo: crianças em risco de ficarem privadas de educação durante semanas. populações incapazes de ter acesso a cuidados de saúde e a potencial propagação de doenças transmitidas pela água, como a cólera e a malária”, disse ele.
Taylor acrescentou num vídeo que as comunidades podem ficar isoladas das escolas e dos serviços de saúde por um longo período de tempo.
O ciclone provocou pelo menos 11 mortos no território francês de Maiote, tendo as ilhas vizinhas de Comores e Madagáscar também sentido o seu impacto.
A temporada de ciclones no sudeste do Oceano Índico vai de dezembro a março, e a África Austral tem enfrentado uma série de tempestades intensas nos últimos anos.
O ciclone Idai em 2019 causou mais de 1.300 mortes em Moçambique, Malawi e Zimbabué.
No ano passado, o ciclone Freddy causou mais de 1.000 mortes em vários países.
Estes ciclones representam ameaças de inundações e deslizamentos de terra, e a água estagnada deixada para trás pode levar a surtos de doenças transmitidas pela água, como a cólera, bem como a dengue e a malária.
A investigação indica que a gravidade destes ciclones está a aumentar devido às alterações climáticas.
Esta situação está a forçar as nações empobrecidas da África Austral, que pouco contribuem para o aquecimento global, a enfrentar grandes crises humanitárias, sublinhando a sua necessidade urgente de assistência dos países mais ricos para lidar com os efeitos das alterações climáticas.
O ciclone Chido não é apenas uma calamidade natural, mas também destaca a urgência de medidas concretas para mitigar os efeitos das alterações climáticas e apoiar as populações vulneráveis que enfrentam estas catástrofes. É hora de agir coletivamente para proteger o nosso planeta e os seus habitantes mais frágeis.