Uma cena inesquecível deixou sua marca durante a quarta edição do Festival Internacional de Cinema do Mar Vermelho, que terminou recentemente. Durante este evento, a atriz egípcia Mariam Sherif ganhou o “Yusr” de Melhor Atriz por seu papel em “Branca de Neve – A História Não Contada” (2024). Diante de outros 16 competidores internacionais talentosos, ela conseguiu se sair bem.
Mariam Sherif, para quem foi a primeira vez diante das câmeras, impressionou o júri com sua atuação. Guiada pelos workshops do diretor Tghreed Abu Al-Hassan e sua determinação natural, ela conseguiu chamar a atenção e ganhar o prestigiado prêmio. O renomado ator e diretor Spike Lee, presidente do júri, entregou pessoalmente o prêmio a Sherif, destacando o valor de seu trabalho.
O filme demonstrou uma recepção neutra ao destacar o personagem dramático em vez do tamanho de seu intérprete. Esta abordagem permitiu evitar qualquer preconceito a favor das pessoas baixas na avaliação artística.
Mas Mariam Sherif não foi a única recompensada do lado egípcio. “In Search of Mr. Rambo’s Haven”, de Khalid Mansour, ganhou o prêmio do júri. Este filme ousado, que desafia muitas convenções do cinema egípcio, conseguiu se destacar apesar das restrições da sociedade.
Estes sucessos egípcios testemunham a vitalidade do cinema árabe, que parece estar a ir bastante bem, apesar dos obstáculos e barreiras que enfrenta.
O filme tunisiano “Les Enfants Rouges” (2024), dirigido por Lotfi Ashour, foi um dos grandes vencedores do evento ao ganhar o prestigiado Yusr d’Or de Melhor Filme e o prêmio de Melhor Diretor. Este filme trata do extremismo armado em nome da religião e destaca a sua persistência e perigo latente, apesar da aparente tranquilidade.
Do lado iraquiano, “Songs for Adam” (2024), escrito e dirigido por Oday Rasheed, ganhou o prêmio de melhor roteiro. Este filme explora o tema da inocência através do olhar de uma criança confrontada com a morte do seu avô.
Na Arábia Saudita, “Hobal” (2024) de Abdulaziz Alshlahei ganhou o Prêmio do Público, demonstrando o sucesso do diretor em atingir o público.
Mariam Sherif ilustrou brilhantemente que pessoas baixas podem florescer plenamente no mundo artístico. O seu talento e desempenho provaram que ela merece plenamente o seu lugar, sem ser reduzida, mas considerada uma artista por direito próprio.
Estes prémios e estas obras marcantes destacam a riqueza e a diversidade do cinema árabe, bem como a capacidade dos artistas de tocar e emocionar o seu público. Saudemos estes talentos que desafiam preconceitos e oferecem uma visão autêntica e poderosa da sociedade e da humanidade.