**O Debate dos Futuros Líderes da União Africana: Rumo a uma África Unida e Próspera**
O recente debate entre os três candidatos à presidência da União Africana, Raila Odinga, Mahamoud Ali Youssouf e Richard Randriamandrato, destacou as questões cruciais que o continente africano enfrenta. A segurança regional, os desafios do comércio intra-africano e a necessidade de reformas no seio da União Africana estiveram no centro das discussões realizadas em Adis Abeba, na Etiópia.
Um dos pontos altos do debate foi o apelo dos candidatos à criação de dois assentos permanentes para as nações africanas no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Salientaram que isto permitiria uma melhor representação de um continente composto principalmente por jovens. Raila Odinga disse que esta acção seria uma questão de justiça, considerando as mais de 50 nações africanas.
No que diz respeito à segurança regional, Mahamoud Ali Youssouf sublinhou a importância de reforçar os recursos das forças de intervenção rápida para reduzir a dependência da ajuda externa. Richard Randriamandrato exortou os Estados-membros a unirem-se para escolher os representantes de África no Conselho de Segurança. Ele também alertou contra as bases militares estrangeiras, chamando-as de arcaicas e potencialmente fonte de conflito.
Além disso, o comércio intra-africano foi identificado como uma alavanca essencial para estimular o crescimento económico do continente. Raila Odinga destacou o potencial do mercado interno africano para impulsionar a transformação económica através de oportunidades comerciais entre os países africanos. Mahamoud Ali Youssouf propôs um sistema de compensação de pagamentos para evitar perdas associadas às flutuações das taxas de câmbio. Richard Randriamandrato destacou o papel fundamental dos blocos económicos regionais na facilitação do comércio em todo o continente.
Finalmente, os candidatos comprometeram-se a implementar reformas na União Africana para melhorar a sua eficácia e missão. Mahamoud Ali Youssouf destacou os desafios financeiros que dificultam estas reformas, apelando a uma mudança na situação. Sublinhou o seu desejo de não impor soluções aos Estados-Membros, mas de defendê-las com convicção.
Em conclusão, este debate ofereceu uma visão geral das visões e prioridades dos candidatos para o futuro da União Africana. Num contexto de desafios complexos e de dinâmicas em mudança, a unidade e a cooperação regionais parecem ser pilares essenciais para a construção de uma África unida, próspera e resiliente.