O território de Yakoma, localizado no norte da República Democrática do Congo, está em crise à medida que se aproximam as eleições legislativas nacionais e provinciais. As autoridades locais garantem que foram tomadas todas as medidas necessárias para garantir a segurança do voto, apesar da situação particular da fronteira com a República Centro-Africana (RCA).
O Ministro provincial do Interior, Didier Alawe, durante a sua visita a Yakoma, sublinhou a importância de garantir as eleições nesta região. Lembrou que o encerramento das fronteiras durante as eleições é uma medida tradicional que visa garantir o bom andamento do processo eleitoral. No entanto, a decisão de encerramento cabe à Direcção Geral de Migrações (DGM). Enquanto se aguarda um possível encerramento da fronteira, o ministro insistiu na implementação de medidas de segurança para garantir o bom desenrolar da votação.
Uma das principais preocupações diz respeito às travessias irregulares de cidadãos centro-africanos na fronteira de Limasa. Alguns candidatos manifestaram preocupação sobre o possível envolvimento destes estrangeiros em actividades eleitorais fraudulentas. No entanto, o Ministro Alawe sublinhou que os cidadãos centro-africanos não possuem cartões de eleitor da RDC, o que torna impossível a sua participação nas eleições.
Estas questões ecoam as tensões que rodearam as eleições de Dezembro de 2023, onde as alegações de participação dos centro-africanos na votação levaram à anulação dos resultados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI). Apesar desta história controversa, as autoridades apelam à calma e à mobilização dos cidadãos para garantir a integridade da votação de 15 de Dezembro em Yakoma.
Neste contexto eleitoral tenso, a população é convidada a exercer o seu direito de voto em conformidade com as regras e procedimentos eleitorais em vigor. A transparência e a segurança do processo eleitoral são grandes desafios para a consolidação da democracia e para a garantia da legitimidade das instituições resultantes das urnas. A vigilância de todos é necessária para preservar a integridade da democracia e garantir a representatividade dos governantes eleitos num clima de confiança e serenidade.