O governo da República Democrática do Congo está mais uma vez no centro das duras críticas dirigidas ao Ministro das Infraestruturas e Obras Públicas, Alexis Gisaro, por uma moção apresentada por 57 deputados nacionais. Esta moção, que suscitou debates na Assembleia Nacional, evidencia a crescente preocupação dos representantes do povo relativamente à gestão das infra-estruturas do país e à implementação de projectos governamentais.
A moção, apresentada por Marcel Zuma da UDPS, denuncia a ineficiência e a falta de resultados tangíveis de projectos emblemáticos como os buracos zero de Kinshasa e Tshilejelu, que constituem pilares da visão presidencial de Félix Tshisekedi. Os deputados signatários lamentam o atraso na execução destes projectos, apesar do financiamento substancial atribuído, o que deixa os cidadãos congoleses à espera de melhores condições de vida.
A cessação ou ausência de trabalhos no terreno, particularmente em Kinshasa, é apontada como um testemunho flagrante do fracasso da política governamental em termos de infra-estruturas. Os deputados sublinham ainda o desequilíbrio existente nas estruturas governamentais responsáveis pelas obras públicas, que não conseguem responder eficazmente às necessidades da população. Esta situação realça o fosso entre as promessas políticas e a realidade no terreno, alimentando assim um sentimento de desconfiança e insatisfação na sociedade congolesa.
Durante a sessão parlamentar dedicada às explicações do Ministro Alexis Gisaro, deputados insatisfeitos manifestaram as suas dúvidas sobre a capacidade do ministério para concretizar as ambições presidenciais em termos de infra-estruturas. As explicações fornecidas pelo ministro não foram consideradas convincentes, intensificando assim as tensões dentro da Assembleia Nacional.
Confrontados com esta situação preocupante, os governantes eleitos exigem agora contas claras e ações concretas do governo para elevar a fasquia no setor das infraestruturas e garantir o desenvolvimento sustentável para toda a população congolesa. Esta moção constitui um apelo urgente a uma melhor gestão dos recursos públicos e a uma acção governamental mais transparente e eficaz para satisfazer as expectativas legítimas dos cidadãos.
Em conclusão, a moção contra Alexis Gisaro reflecte a urgência de repensar as políticas públicas relativas às infra-estruturas na República Democrática do Congo. É imperativo que o governo tome medidas concretas para colmatar as deficiências constatadas e implementar um plano de acção ambicioso e transparente para melhorar as condições de vida da população.