Na cidade de Kolwezi, na República Democrática do Congo, os bancos comerciais são apontados pela ONG Iniciativa para a Boa Governação e os Direitos Humanos (IBGDH) pelo que descreve como graves violações dos direitos humanos. Esta organização destaca as disfunções dos bancos que dificultam o acesso dos clientes ao seu próprio dinheiro, especialmente à medida que se aproximam as férias de fim de ano.
Uma investigação conduzida pelo IBGDH revela que os ATM dos bancos localizados em Kolwezi sofrem frequentemente de escassez de dinheiro, impedindo assim os trabalhadores, que muitas vezes recebem os seus salários através destes estabelecimentos, de receberem a sua remuneração atempadamente. Donat Kambola, coordenador da ONG, denuncia esta situação inaceitável que constitui uma violação flagrante dos direitos fundamentais dos cidadãos.
As longas filas nos ATM, a falta de disponibilidade de dinheiro nos ATM e o mau acolhimento dado aos clientes são pontos apontados por Donat Kambola, destacando os danos sofridos pelos trabalhadores forçados a perder tempo precioso para aceder ao seu dinheiro. Esta situação, denuncia, não deve ser tolerada pelos bancos que, salienta, são pagos para prestar serviços de qualidade aos seus clientes.
Assim, o IBGDH apela a uma melhoria urgente nos serviços oferecidos pelos bancos comerciais em Kolwezi, convidando-os a humanizar as suas práticas e a garantir um acesso fácil e rápido aos fundos dos clientes, especialmente durante os períodos de pagamento de salários. Esta abordagem visa garantir o respeito pelos direitos dos trabalhadores e reforçar a confiança dos cidadãos nas instituições financeiras.
Em suma, este alerta lançado pelo IBGDH destaca os desafios enfrentados pelos utilizadores dos bancos comerciais em Kolwezi, sublinhando a necessidade de estes estabelecimentos reverem os seus procedimentos e colocarem o respeito pelos direitos humanos no centro das suas preocupações. Os bancos têm aqui a oportunidade de demonstrar o seu compromisso com uma relação exemplar com os clientes, baseada na transparência, na eficiência e no respeito pelos direitos fundamentais de cada indivíduo.