Título: Fatshimetrie: O medo de sequestros persiste no noroeste da Nigéria
Num contexto de terror permanente, novas vítimas foram raptadas em Zamfara, um estado no noroeste da Nigéria. Homens armados, armados com espingardas de assalto, invadiram a aldeia de Kafin Dawa, raptando mulheres e crianças. Os depoimentos de moradores horrorizados confirmam um cenário digno dos piores pesadelos: mais de 50 mulheres, casadas ou jovens, desaparecidas numa operação que semeou o terror em cada porta por onde passava.
Hassan Ya’u, um dos sortudos que escapou desta carnificina, contou a atmosfera de medo que envolveu a aldeia durante esta noite infernal. Outra testemunha confirmou que 43 pessoas foram sequestradas, enquanto toda a comunidade foi abalada por explosões mortais.
Perante este aumento de raptos, a polícia de Zamfara mobilizou rapidamente reforços para proteger a região. No entanto, estas medidas parecem insignificantes face ao aumento dos atos criminosos.
O noroeste da Nigéria tornou-se um santuário para grupos armados, apelidados de “bandidos”, que prosperam com a pobreza, o desemprego e a proliferação de armas ilegais. Os sequestros para obtenção de resgate estão a aumentar, atingindo regularmente escolas e aldeias.
Este novo rapto segue os passos de ataques anteriores, incluindo o horrível rapto de 130 estudantes em Kuriga no início deste ano e o infame ataque do Boko Haram em Chibok em 2014, para onde foram levadas 276 estudantes, algumas das quais ainda estavam desaparecidas. Desde 2014, mais de 1.400 crianças sofreram o mesmo destino em ataques semelhantes.
As tentativas de conter estes crimes enfrentam grandes obstáculos, mergulhando as comunidades no medo e na insegurança. Os receios de raptos persistem no noroeste da Nigéria, alimentando uma emergência humanitária que exige uma acção firme e uma resposta internacional concertada.