Fatshimetrie — A revolução síria após a queda de Assad: um novo capítulo para a Síria

Numa reviravolta dramática, a ditadura brutal de Bashar al-Assad na Síria está a ruir. Após 13 anos de guerra civil, os rebeldes assumem o controlo de Damasco, forçando Assad a fugir para a Rússia. Surge um novo grupo rebelde, liderado por Hayat Tahrir al-Sham. O passado violento de Assad e os desafios futuros da Síria estão em foco enquanto o país olha para um futuro incerto. Espera-se uma era de reconstrução e reconciliação, à medida que os olhos da comunidade internacional se voltam para a Síria.
**Fatshimetrie — A queda surpresa do regime brutal de Bashar al-Assad: um novo capítulo para a Síria**

Há apenas duas semanas, a perspectiva da queda da ditadura brutal de Bashar al-Assad parecia distante. No entanto, os rebeldes da Síria completaram uma marcha rápida e impressionante rumo ao poder no domingo, inaugurando uma nova era incerta para o país.

Durante meio século, a família Assad governou a Síria com mão de ferro, com relatos há muito documentados de prisões em massa, tortura, execuções extrajudiciais e atrocidades contra o seu próprio povo.

No domingo, após 13 anos de guerra civil que fraturou o país, o regime ruiu. Os combatentes rebeldes declararam Damasco “libertada” numa declaração em vídeo na televisão estatal, fazendo com que o presidente sírio, Bashar al-Assad, fugisse para a Rússia.

Muitos no país nutrem esperança no próximo capítulo da Síria. Mas os rebeldes que agora controlam a Síria têm um passado complexo e oferecem um futuro imprevisível.

Aqui está o que aconteceu na Síria, o que isso significa e o que poderá acontecer a seguir.

**A revolta rebelde**

Uma aliança rebelde armada atravessou a Síria em 11 dias, varrendo as principais cidades e reacendendo um conflito que estava em grande parte congelado desde o acordo de cessar-fogo de 2020.

Uma nova coligação rebelde, liderada pelo grupo militante Hayat Tahrir al-Sham (HTS), lançou um ataque surpresa e assumiu o controlo da maior cidade da Síria, Aleppo, em 30 de Novembro, uma mudança sísmica que encontrou pouca resistência da oposição do exército sírio. .

Os aviões sírios e russos tinham como alvo os rebeldes em Aleppo e Idlib, mas as forças da oposição capturaram uma segunda grande cidade, Hama, e avançaram rapidamente sobre Homs, a porta de entrada para a capital, Damasco.

Quando Homs caiu, os rebeldes cercaram e marcharam sobre Damasco, declarando a remoção de Assad e a “libertação” da cidade.

Vídeos mostraram prisioneiros sendo libertados dos infames centros de detenção de Assad, rebeldes e civis foram vistos saqueando o palácio presidencial, com as imagens revelando seu estilo de vida luxuoso e sua grande coleção de carros.

Uma fonte oficial na Rússia informou Fatshimetrie que o presidente deposto e a sua família se refugiaram em Moscovo e obtiveram asilo político.

**Os rebeldes no poder**

A coligação rebelde da Síria é um novo grupo denominado Comando de Operações Militares. É composto por várias facções islâmicas e moderadas que, apesar das suas diferenças, estão unidas na luta contra o regime de Assad, o Estado Islâmico (ISIS) e as milícias apoiadas pelo Irão.

Eles são liderados por Abu Mohammad al-Jolani, líder do grupo militante HTS, que tem um passado complexo.

Outrora aliado da Al-Qaeda e aprendiz do futuro líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, procurou distanciar as suas forças do islamismo radical perseguido pelos seus antigos aliados.

Ele anunciou sua separação da Al-Qaeda em 2016 para criar o que descreveu como uma frente anti-regime centrada na Síria com outras facções locais, chamada Jabhat Fateh al-Sham (a Frente para a Conquista do Levante), que mais tarde mudou para Hayat. Tahrir Al Sham (HTS), ou Organização para a Libertação do Levante.

**O passado de Assad**

Assad é a segunda geração de uma dinastia autocrática que detém as rédeas do poder na Síria há mais de cinco décadas.

Antigo oftalmologista que estudou em Londres, Assad assumiu o poder numa eleição sem oposição após a morte do seu pai, Hafez al-Assad, que liderava o Partido Ba’ath desde que tomou o poder em 1970.

Tal como o seu pai, Assad teve pouca tolerância com a dissidência e durante todo o seu reinado suprimiu toda a oposição com violência implacável.

Não há dúvida de que a derrubada de Assad marca um ponto de viragem crucial na história da Síria. Contudo, o futuro do país permanece incerto, com o novo poder nas mãos de rebeldes com ramificações complexas e uma trajetória obscura. Os sírios e a comunidade internacional estão a acompanhar de perto os desenvolvimentos futuros, esperando que a Síria possa finalmente iniciar um processo de reconstrução e reconciliação após anos de conflito devastador.

**A Fatshimetrie continua a acompanhar de perto os acontecimentos na Síria e continua empenhada em informar os seus leitores sobre os principais acontecimentos a nível mundial.**

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