Regresso comovente dos sobreviventes da tragédia marítima em Mogadíscio

Sobreviventes de uma tragédia marítima regressam a Mogadíscio depois de dois barcos terem afundado na costa de Madagáscar. Quase 50 somalis foram resgatados, mas cerca de 25 pessoas perderam a vida. Os reencontros emocionantes entre os sobreviventes e os seus entes queridos estiveram no centro do seu regresso. As razões desta viagem perigosa estão ligadas ao desemprego, à pobreza e à seca na África Oriental. As autoridades instaram os jovens a estarem conscientes dos riscos e a priorizarem a sua segurança. A ONU destaca a importância de aumentar a consciencialização sobre os perigos destas viagens e de encontrar soluções sustentáveis ​​para os enfrentar.
**Sobreviventes da tragédia marítima regressam a Mogadíscio**

Os sobreviventes de uma tragédia marítima regressaram recentemente a Mogadíscio, onde foram recebidos pelas autoridades governamentais. Depois de terem sido resgatados na sequência do naufrágio de dois barcos ao largo da costa de Madagáscar no mês passado, quase 50 somalis conseguiram regressar a terra firme. Infelizmente, o incidente ceifou a vida de cerca de 25 pessoas.

Ao chegarem ao aeroporto, cenas carregadas de emoção iluminaram o reencontro entre os sobreviventes e seus entes queridos. “Envio minhas condolências aos que morreram no acidente, incluindo minha irmã Hanan. Estou feliz que meu irmão Ahmed tenha retornado em segurança”, expressou Haboon Deeqa, visivelmente emocionado. “Sou grata a todos que participaram do resgate e do retorno seguro dos sobreviventes. Obrigada a todos”, acrescentou ela.

Depois de passar quase um mês no mar na esperança de chegar ao território francês de Mayotte, a cerca de 1.600 quilómetros de distância, o grupo foi confrontado com uma realidade trágica. “Éramos 75 no total e 28 pessoas perderam a vida. Entre elas estava minha prima, filha do meu tio. Quarenta e sete de nós, incluindo eu, sobrevivemos a este acidente”, disse Ahmed Hussein Mahadalle, um dos sobreviventes.

O desemprego, a pobreza e a seca no Corno de África estão a levar muitos jovens somalis a empreender esta perigosa viagem até Maiote, na esperança de chegar à Europa e ter uma vida melhor. Recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Somália instou a juventude do país a estar consciente dos riscos e a dar prioridade à sua segurança.

Maryan Yasin, conselheira presidencial para assuntos de refugiados, expressou alegria pelo retorno seguro do grupo. “Eles garantiram-me que nunca mais correriam tal risco. O governo somali está empenhado em encontrar uma solução, e esta solução será o resultado de um esforço colectivo”.

As Nações Unidas manifestaram preocupação com o aumento do número de pessoas que fogem de conflitos e da seca no Corno de África. É crucial aumentar a sensibilização para os perigos destas viagens perigosas e encontrar soluções sustentáveis ​​para enfrentar estes desafios.

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