A escolha de Angola por Joe Biden para a sua única viagem oficial a África não foi aleatória, mas reflecte questões importantes. Os Estados Unidos estão a investir milhares de milhões de dólares para reactivar o corredor ferroviário do Lobito, representando um passo crucial para a exportação de minerais críticos como o cobalto e o cobre, essenciais para a transição energética global. Este projecto reduz significativamente os tempos de exportação, de 45 dias para 45 horas para determinados produtos, marcando o compromisso dos EUA em competir com os investimentos chineses na região.
Passando ao segundo tema, os combates persistentes entre as FARDC e os rebeldes do M23 no Sul de Lubero reflectem uma situação preocupante no Kivu do Norte. Apoiados pelo Ruanda, os rebeldes continuam a semear o terror, forçando as populações locais a fugir para regiões consideradas mais seguras. Esta escalada de violência põe em evidência os atuais desafios de segurança na região, exigindo uma resposta urgente para proteger os civis e restaurar a paz na região.
No que diz respeito às homenagens prestadas a Anuarite Nengapeta pelo Presidente Félix Tshisekedi em Isiro, este é um momento comovente de comemoração de uma figura emblemática da fé católica na RDC. O anúncio da construção de um santuário em sua homenagem sublinha a importância de preservar a memória de figuras históricas que marcaram a nação. As palavras do Chefe de Estado apelando à rejeição das rebeliões ressoam como um lembrete da importância da unidade e da estabilidade para o futuro do país.
Em conclusão, estes acontecimentos recentes em Angola, Kivu do Norte e Isiro ilustram a complexidade das questões políticas, económicas e sociais que moldam a África contemporânea. Salientam a importância das escolhas estratégicas dos intervenientes internacionais, a necessidade de promover a paz e a estabilidade nas zonas de conflito e o valor da memória colectiva para construir um futuro melhor para as gerações futuras.