Tragédia fatal no estádio 3 de abril: quais responsabilidades?


O domingo, 1º de dezembro de 2024, ficará para sempre gravado na memória dos habitantes de N’Zérékoré, na Guiné, devido à tragédia ocorrida no estádio 3 de abril, durante a final de um torneio de futebol. O que deveria ter sido um dia de diversão desportiva rapidamente se transformou num pesadelo, provocando uma debandada mortal que ceifou muitas vidas.

Os números oficiais avançados pelo governo falam de 56 mortes, mas as ONG locais contestam este número, estimando o número de vítimas em 135, principalmente jovens com menos de 18 anos. Esta diferença nos números cria tensão adicional numa situação já dramática, destacando a necessidade de total transparência na comunicação das autoridades.

ONG, como o Coletivo Regional de ONG de Direitos Humanos e a Aliança de Jovens Líderes Florestais, apontam o dedo para a responsabilidade da junta do CNRD e do movimento local pró-Doumbouya neste trágico acontecimento. Eles pedem investigações aprofundadas para determinar as circunstâncias exatas da debandada e exigem responsabilização dos organizadores do torneio.

Neste clima de tensão e dor, a Ministra da Justiça, Yaya Kairaba Kaba, apela à contenção e alerta contra a propagação de informações falsas que possam perturbar a ordem pública. A busca da verdade e da justiça para as vítimas deve ter precedência neste contexto em que a confiança nas autoridades é severamente testada.

Perante esta tragédia que deixou toda uma região de luto, é essencial esclarecer as circunstâncias exactas da debandada mortal. As famílias das vítimas merecem respostas e a população precisa de garantias para evitar que tal evento volte a acontecer no futuro. A unidade e a solidariedade serão essenciais para superar esta provação e prestar homenagem àqueles que morreram durante este torneio desastroso.

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