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Nesta quarta-feira, 4 de dezembro de 2024, o noticiário congolês é marcado pelo regresso ao primeiro plano do explosivo relatório publicado pelo Centro de Investigação em Finanças Públicas e Desenvolvimento Local (CREFDL). Este relatório destaca práticas questionáveis dentro do Governo da RDC, revelando o financiamento de duas estradas fantasmas num montante total de 3 milhões de dólares entre 2021 e 2023.
As ruas em questão, Tshilombo e Lunionzo, localizadas na comuna de Matete, teriam beneficiado de um financiamento substancial de 1,7 milhões e 1,3 milhões de dólares respectivamente. Estas revelações suscitaram fortes reacções entre a população congolesa, que legitimamente questiona a gestão dos fundos públicos e a transparência na implementação de projectos de infra-estruturas.
Além destas irregularidades financeiras, o relatório do CREFDL também destaca casos de dupla adjudicação de contratos a diferentes prestadores de serviços para o mesmo projecto, destacando um sistema de corrupção e peculato que assola o sector das obras públicas na RDC.
Perante estas acusações, Victor Tumba Tshikela, director do Gabinete de Estradas e Drenagens (OVD), reagiu afirmando que as avenidas em questão, “Lunionzo e Tshilombo”, fazem efectivamente parte do contrato do Consórcio ABC e estão localizadas no distrito de Malandi. de Matete. Segundo ele, o relatório do CREFDL está repleto de erros e imprecisões e denuncia a ausência de provas tangíveis que sustentem estas alegações de peculato.
Num país onde a corrupção e a má gestão de fundos públicos são comuns, este caso levanta questões cruciais sobre a responsabilidade das autoridades e a necessidade de uma responsabilização eficaz. É imperativo que sejam tomadas medidas para garantir a transparência e a integridade na gestão dos projectos de infra-estruturas, a fim de evitar tais abusos no futuro.
Para além destas revelações chocantes, este caso destaca a urgência de reforçar os mecanismos de controlo e supervisão da despesa pública na República Democrática do Congo. É tempo de esclarecer estas práticas inaceitáveis e de tomar medidas concretas para combater a corrupção e promover uma governação saudável e transparente na administração pública congolesa.
A Fatshimetrie permanecerá atenta a quaisquer desenvolvimentos nesta matéria e continuará a informar os seus leitores com total objectividade e rigor jornalístico. Fique atento para acompanhar de perto esta questão candente que revela o ponto fraco da política e dos negócios na RDC.