Responsabilidade no Congo: Transparência, controlo e responsabilização para uma boa governação

O Parlamento congolês adotou recentemente o projeto de lei que estabelece a prestação de contas para o exercício financeiro de 2023. Esta decisão surge na sequência de uma análise aprofundada do relatório da comissão ECOFIN responsável pela análise do texto. O Ministro das Finanças, Doudou Fwamba, apresentou e defendeu este projecto de lei perante os governantes eleitos, sublinhando que o orçamento do poder central para o ano de 2023 foi fixado em 32.456,78 mil milhões de FC.

As receitas orçamentais atingiram 29.607,09 mil milhões de FC, uma taxa de execução de 91,22%, enquanto as despesas ascenderam a 13.316,23 mil milhões de FC, com uma taxa de execução de 96,49%. Durante o seu discurso, o ministro destacou a situação económica e social do país, marcada por desafios como a organização de eleições, a guerra no leste do país e a implementação de programas de desenvolvimento como o ensino básico gratuito e a cobertura universal de saúde.

O debate que se seguiu à aprovação do projeto foi animado, com senadores expressando críticas ao governo sobre a gestão das finanças públicas. Apontaram inconsistências, despesas consideradas excessivas, bem como erros de gestão, como derrapagens orçamentais e pagamento de dívidas não certificadas. Alguns denunciaram também a falta de transparência e a não operacionalização de determinadas instituições financeiras.

A responsabilização é um mecanismo essencial de controlo e transparência na gestão dos fundos públicos. Ao reportar a utilização dos recursos atribuídos, o governo é chamado a assumir a sua responsabilidade para com a população. Os parlamentares têm, portanto, um papel importante a desempenhar na monitorização da despesa pública e na garantia do cumprimento das regras e procedimentos financeiros.

Esta fase crucial de responsabilização abre caminho à análise da lei financeira para o exercício financeiro de 2025. É essencial que as lições aprendidas do exercício financeiro anterior sejam utilizadas para melhorar a gestão das finanças públicas e reforçar a transparência e a responsabilização no âmbito. utilização de recursos estatais.

Este desejo de transparência e responsabilização constitui um pilar fundamental da democracia e da boa governação. Reforça a confiança dos cidadãos nas instituições e garante uma utilização eficiente e equitativa dos fundos públicos. Em suma, a responsabilização é garantia de uma boa gestão e de respeito pelo interesse geral, valores essenciais para a construção de uma sociedade justa e equitativa.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *