Fatshimetrie, 5 de outubro de 2024 – Uma tragédia atingiu a população da República Democrática do Congo, na estrada Kananga-Kalamba-Mbuji, na província de Kasaï Central. Doze pessoas perderam a vida num violento acidente de viação ocorrido na aldeia de Mbulambula, sector Miao, localizada a cerca de 80 quilómetros de Kananga.
Os detalhes do acidente foram revelados por uma testemunha do acontecimento, o advogado Me Pontien Kaboma, que sobreviveu milagrosamente à tragédia. Segundo ele, foram encontrados oito corpos, incluindo quatro mulheres e três crianças. No entanto, outros três corpos permanecem enterrados sob o caminhão destruído, dificultando sua recuperação devido à água estagnada ao redor do veículo capotado.
Me Pontien Kaboma lançou um apelo desesperado às autoridades e a todas as pessoas de boa vontade para que seja prestada ajuda para que os corpos das vítimas possam ser recuperados e devolvidos às suas famílias para um funeral digno. Ele ressaltou que foi necessária a intervenção de um trator para levantar o peso do caminhão e assim permitir a extração dos corpos.
O deputado provincial, Pierre Sosthène Kambidi, também reagiu a esta tragédia destacando o estado deplorável da estrada de terra como a principal causa do acidente. Salientou que durante a época de fortes chuvas, a perigosidade deste percurso aumentava, colocando em risco a vida dos utentes.
Apelou às autoridades competentes para que tomem medidas urgentes para acelerar as obras de reabilitação da estrada Kananga-Kalamba-Mbuji, cuja importância económica para a região não pode ser ignorada. Com efeito, esta estrada é de crucial importância para a abertura das províncias da zona do Kasai, o abastecimento de bens essenciais e o desenvolvimento das actividades económicas da população. A nível internacional, é também chamado a promover o comércio entre a RDC e Angola e a abrir uma rota de acesso ao Oceano Atlântico através do porto do Lobito, em Angola.
Em conclusão, este trágico acidente destaca a urgência de melhorar as infra-estruturas rodoviárias na República Democrática do Congo para garantir a segurança dos cidadãos e promover o desenvolvimento socioeconómico da região. Apela a uma acção concertada por parte das autoridades e da sociedade civil para evitar tais tragédias no futuro.