Os Estados Gerais de Justiça abrem com uma nota de otimismo, mas também de discernimento. A sala do Centro Financeiro de Kinshasa ressoa com as vozes empenhadas dos participantes, prontos para mergulhar no cerne das questões que minam o sistema judicial congolês. Sob o tema evocativo “Por que a justiça congolesa está doente? Qual terapia para curá-lo? », os palestrantes se preparam para dissecar os problemas profundos e trabalhar juntos em busca de soluções duradouras.
O discurso inaugural do presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial, Dieudonné Kamuleta, ressoa com força. Apela a uma avaliação rigorosa das recomendações da conferência de 2015, enfatizando a importância crucial de uma justiça imparcial e acessível a todos os cidadãos. O compromisso é palpável, a determinação em reformar e curar os males que assolam o sistema de justiça é evidente.
O presidente nacional, Michel Shebelle, acrescenta a sua voz a este coro de resolução. Ele expressa o desejo ardente de ver as condições económicas, sociais e estruturais do sistema judiciário revistas em profundidade para construir a justiça de amanhã. O seu apelo ao Estado congolês para que realize estas reformas essenciais ressoa como uma exortação à acção, à assunção da responsabilidade colectiva para transformar um sistema paralisado num motor de justiça justa e eficiente.
Os estados gerais de justiça não são apenas uma reunião de actores judiciais, mas uma consulta popular que aspira envolver toda a sociedade congolesa. São colocados em laboratórios de análises e hospitais especializados, procurando diagnosticar doenças crónicas que prejudicam a boa saúde da justiça congolesa e administrar remédios adequados para uma cura duradoura.
Num cenário onde a justiça é o pilar da coesão social e da harmonia colectiva, estes fundamentos são de crucial importância. Marcam o início de uma nova era para o sistema judicial congolês, uma era de transparência, eficiência e justiça. O desafio é imenso, mas o empenho e a determinação dos participantes sugerem um amanhã melhor para um sistema de justiça congolês forte e independente, ao serviço de todos.