As notícias recentes na República Democrática do Congo despertam atenção e preocupação, enquanto a organização sem fins lucrativos Les Amis de Nelson Mandela pour la Défense des Droits Humains lança um programa crucial intitulado “Fortalecer a vigilância dos cidadãos, a observação e a documentação das violações dos direitos humanos na RDC . Este projecto visa sete centros estratégicos no país, incluindo Kinshasa, Matadi, Kikwit, Kisangani, Kindu, Buta e Isiro.
O Coordenador da ANMDH, Aaron Mukalengi, destacou a importância deste programa que visa mobilizar os jovens para documentar profissionalmente as violações dos direitos humanos e realizar uma defesa eficaz a nível nacional e internacional. Mais do que nunca, torna-se essencial que a Constituição seja respeitada para preservar as conquistas democráticas na RDC.
Os receios levantados pela ANMDH dizem respeito a possíveis tentativas do governo de alterar a Constituição para permitir que o actual presidente, Félix Tshisekedi, concorra a um terceiro mandato, em flagrante violação da lei fundamental. Esta abordagem é vista como uma manobra política que favorece a corrupção e a impunidade.
É essencial que os cidadãos congoleses permaneçam vigilantes e se envolvam activamente com a sociedade civil para defender os seus direitos e opor-se a qualquer tentativa de modificar excessivamente a Constituição. O apelo lançado pela ANMDH ressoa como um grito de guerra na defesa da democracia e dos direitos humanos na RDC.
Fundada em 1992 em Kisangani, a ANMDH tem uma longa história de compromisso com a paz, a educação para a democracia, a defesa dos direitos humanos e a resolução não violenta de conflitos na República Democrática do Congo. Esta organização da sociedade civil continua a ser um pilar essencial na protecção das liberdades fundamentais e na promoção da justiça e da equidade no país.
Juntos, os cidadãos e os intervenientes da sociedade civil devem unir forças para preservar a integridade da Constituição e garantir o respeito pelos direitos humanos na RDC. A voz da vigilância cidadã deve soar alta e clara, lembrando às autoridades o dever de proteger as liberdades individuais e a santidade da lei suprema do país.